*dias desertos
Foram 12 dias, e à medida que os dias avançam, esses confundem-se mais e mais com um sonho. Um sonho tão bom e caloroso, fugir e ir de encontro ao "lugar " a que o meu coração pertence. Quero tentar arranjar palavras para descrever como foi, mas não existem certas…. Foi estranho, foi doloroso, foi óptimo, foi uma nova aventura, foi caloroso, foi viver um desejo. A felicidade é nos momentos que menos se espera.
Passou uma semana e uns dias, voltei a uma "nova" rotina com o tempo bom a despertar e caminhos para o futuro a serem tomados. Porém sou um robô. Acordar e ter que enfrentar o dia é tão difícil, enquanto o meu corpo avança nas horas, mas a minha mente estagnou nos sentimentos. Quero gritar, quero chorar, quero-te a ti e não esta distância que só magoa. Não quero ser emocional e agarrada aos sentimentos, sentir esta dor que parece ainda maior que a do início. Já não existe o desconhecido a temer, mas agora passou a haver mais preocupação por conhecer a realidade.
O dia seguinte é assustador mas previsível por enquanto, só que esse prazo também se esta a esgotar o que faz, o meu coração se encolher ainda mais no seu pequeno cásulo. As tuas primeiras palavras continuam a ecoar nas paredes da minha alma, estou a seguir com a minha vida, a tentar viver em vez de sobreviver. Não tenho a certeza se é isso que estou a fazer, o mundo à minha volta parece diferente e é só mais uma coisa com a qual não sei lidar...
Quero tanto voltar, quero que comece a contagem decrescente. Tento ser forte e esconder este alvoroço de sentimentos por trás de um sorriso que têm que pensar no que virá a seguir para não voltar a ficar fechada na gaiola. És tu quem acalma os meus demónios. Os dias tornaram-se um deserto que preciso de continuar a atravessar para te encontrar do outro lado.
Juntei os pedaços do meu coração, mas eles voltaram a cair ao ser obrigada a despedir-me e ser forte por ambos.