Horas de solidão
Nas horas de solidão, a tentar ignorar o silêncio que quer gritar, a dor que quer tomar conta do meu coração, os vícios, resistir e mostrar a mim própria que sou capaz.
Entre as músicas melancólicas que me fazem lembrar de ti, entre as palavras que escrevo para tentar aliviar esta saudade que transborda do coração, entre as lágrimas que querem aparecer, felizmente o dia esta a chegar ao fim.
Engano-me, na esperança que amanhã seja melhor, esperando e esperando, agarrando-me as pequenas coisas que me fazem sentir que estou viva e tenho um futuro à minha frente.
Acabo por ficar acordada até tarde, comigo própria. A noite é tentadora, mas também é a melhor companheira para a solidão, para esta nuvem que me faz sonhar acordada, para o choro silencioso em desespero de libertar a falta que sinto de me sentir confortável.
Esperar, esperar, esperar e simplesmente aguentar, porque eu consigo e já não falta muito, só vai faltar depois o resto que ainda esta por vir.
Não há nenhum lugar para ir, a não ser nas memórias, nas fantasias do passado e futuro. Preciso de continuar a acreditar em mim, no que sinto, não no caos em que me encontro, porque não importa os momentos de solidão, quero acabar nos teus braços outra vez.
A escrita tem sido a melhor confidente e companheira, escrevo por mim, escrevo para ti, escrevo para nós.