uma história para (não) adormecer
Peço desculpa por qualquer palavra que não encaixe na frase e não lhe dê o sentido que se devia perceber, mas não tenho o dom da palavra x:
- Era um mundo encantado, havia um princepe encantado com o seu cavalo branco, a espera de ser descoberto pelo amor eterno da princesa, magia que se traduzia por pontinhos brilhantes, finais felizes, paisagens perfeitas, palavras perfeitas, ...
STOP!
Não passava tudo de uma ilusão, um mundo imaginário para esconder a verdadeira realidade.
A secundária muda as pessoas, dizem todos, e eu confirmo.
Graças a toda a protecção que me davam foram anos de penumbra, sem perceber os porquês, sem nunca viver o que é viver. Se dizia um “não” decisivo, não me contrariavam, ficou sempre esse espaço branco por agora viver as consequências que alteram a minha liberdade que sempre foi um dos maiores desejos.
- A princesa decidiu explorar o mundo para além das quatro paredes do seu perfeito castelo, fugindo para o mato. Aos poucos foi descobrindo quem realmente era e quem eram de verdade os seus amigos. Incondicionalmente para tudo. @
Passou a integrar-se nesse mundo novo, os porquês adquiriam respostas, passava de a arco-íris a preto-branco e assim sucessivamente.
Mas esse mundo tem armadilhas e ingénua como era fui apanhada em algumas, mas felizmente tinha lá os melhores sempre ao meu lado, prontos para tudo.
Poucos meses de uma ilusão que não levava a nada, por poucas vezes em contacto.
“Tanto foram usadas que perderam significado, tanto foram ditas que perderam sentimento.”
Never more!
“A minha felicidade perdeu-se no momento em que disse sim, pensava ir começar uma nova boa fase da minha vida, ir sentir-me concretizada, mas não passou de uma mera e triste ilusão.” Pelo simples facto de ter sido usada e mesmo no fim haver sempre um insecto a estragar-me a vida, odeio-te e nem isso é suficiente para descrever.
- Era diferente da vida no castelo, a cada esquina podia-se cair e a subida ainda era penosa por vezes. Mas valia a pena subir ao saber que me apoiavam mesmo fazendo asneira, atrás de asneiras. São tudo para mim é graças a eles que hoje sou o que sou (L’
Podia estar aqui a mencionar os nomes, mas eles sabem, não precisam de meio de propagação!
“Tanto se fala como se grita, tanto se está contente como triste, tanto se vive como se quisesse voltar atrás no tempo. Num só dia inúmeras coisas acontecem que se perde noção do que realmente se passou.”
“Julgei que estava a conseguir e afinal não estou, invadem a minha cabeça e deixam-me sem saber o que pensar, preciso de mais daqueles momentos @”
Palavras que já foram escritas por estes ares e nem metade demonstram do que realmente está por detrás delas ...
Sempre existiu, mas renegado, não poderia ser aquilo, era amizade... Mas aqueles momentos não me saiam da cabeça, iam ficando cada vez com mais sentimento. Só percebia o que realmente queriam dizer quando já não estava com ele, já não podia dizer o que deveria ter sido dito muito mais cedo.
Caí na armadilha já muito pensada, um momento de fraqueza, o arrependimento é enorme e viver com ele as vezes não é fácil. Afastei o que o meu coração sempre desejou... Não me consigo deixar de culpar por isso e é aí o inicio!
- A princesa em desespero foge para o coração do mato e aí transforma-se, a pressão quebrou-a totalmente. Para além de a culpa ser a principal responsável, aqueles anos todos “em cativeiro” têm agora efeitos que mais ninguém tem aos 16 anos. Não há coragem para mudar directamente isso, existem outros caminhos, perigosos. É só preciso ser em q.b., deu gozo, o bichinho sempre existiu e o momento chegou. A dor não existe quando se está fechada num quarto escuro.
Sermões das pessoas que realmente se importam comigo, a ironia é a melhor arma contra isso. :b
Duas soluções, uma bate a outra não. As poucas palavras que me tocaram e fizeram começar a olhar por breves momentos com outros olhos.
“Não preciso de muito tempo da tua atenção, apenas algum. Não preciso que mudes, preciso que sintas o que é aqui demonstrado. Não preciso de pena, apenas de um pouco de compreensão.
Já são largos meses com momentos únicos que partilhamos, indescritíveis, onde sempre existiu algo. Presente, mas negado, escondido. Por timidez que fazia das suas.”
És muito mais importante do que alguma vez possas imaginar.
- Não existe um final concreto para esta princesa que no fundo é revoltada, talvez rebelde. Uma dor permanente que não sei combater sozinha.