adeus ano
Passar a véspera de natal, o próprio dia, o ano novo e os dias adjacentes a estudar já se tornou inevitável, vida de estudante definitivamente não é fácil. Infelizmente não temos logo o descanso merecido só daqui a umas boas semanas.
É mais um ano a repetir cadeiras e como já estou tão saturada daquela matéria, saturada de estudar. Passar os dias em casa também não ajuda em nada, preciso da minha liberdade, demorei 18 anos a tê-la e agora não a quero largar porque sou dona de mim mesma e é das melhores sensações que sempre quis ter. Estou em casa e é como se aqueles anos todos de certa maneira voltassem, fazem-me baixar as defesas e ficar mais suscetível a coisas que já conseguia, meio que por para o lado.
Hora de refletir sobre este ano, olhar para trás e aperceber-me da quão adulta me estou a tornar e o orgulho que tenho em mim própria
Há umas semanas atrás a c. começou a desabafar comigo e disse-me se eu tinha noção do quão forte eu era e maneira como tinha conseguido lidado com as coisas da melhor maneira e agora conseguir estar “bem” e continuar a sorrir. Aquilo tocou-me tanto e deixou-me tão feliz, porque eu tinha noção disso mas ainda não me tinha realmente apercebido. Consegui colocar-me num patamar onde, em muito tempo, eu é que estou primeiro e que tenho o direito e dever de aproveitar a vida e simplesmente amo essa sensação. Viver sem estar limitada, agora entendo as palavras, o que ele sentia, estava demasiado apegada, demasiado tapada porque vivi 18 anos sem saber viver e quando comecei a poder viver não quis me aventurar, preferi ficar aconchegada. Foi um choque, fiquei um bocado sem noção do que fazer a seguir mas estou a encontrar-me e a gostar de viver com as pessoas mais importantes ao meu lado.
Principalmente quando tenho a oportunidade de dar apoio aos que me rodeiam, porque eu gosto imenso de ajudar as pessoas e se elas estam a passar por situações parecidas as que passei porque não partilhar a minha experiência e tentar dar-lhes as palavras certas, tentar fazer a diferença para que não desistam porque eu também não desisti.
Para mim os melhores e mais marcantes momentos de 2014 foram:
- Ter a oportunidade de uma transformação e uma sessão fotográfica, o quão gratificante para mim foi essa experiência, uma sensação única de poder, que uma mulher é capaz de tudo quando quer e luta, eu precisava daquilo e veio na altura certa.
- Ter começado a andar com os meus puppy’s favoritos, finalmente saber o que é faze parte de um grupo que te aceita como és e não te julga, embora se divirtam imenso comigo a fazer complaning, tem sido fantásticos comigo.
- Os momentos formidáveis que continuo a passar com s. e embora c. esteja longe, não importa a distância ou o tempo que estamos sem falar, estamos lá quando é preciso. São verdadeiros!
- Terem-me pedido para ser patroa. Identifico-me tanto com a minha pedaça, por isso é que se calhar me liguei tanto a ela. Apesar de as coisas não estarem a correr como o esperado, não vai desistir e continua a lutar com uma força ainda maior que a minha naquela altura.
- Aperceber-me nestes últimos dias do ano do que quero e que vou continuar a lutar porque não tenho desistido, posso ter ido algumas vezes abaixo mas ainda aqui estou…
Não sou obrigada a nada querida e já agora um beijo no ombro para as inimigas!