Desafio 52 semanas - a 31
Semana 31: Quando não tenho nada para fazer, gosto de…
- Escrever/ler.
- Ir dar uma volta para espairecer a cabeça.
- Chatear o gato.
- Fazer ioga.
- Ver o que podia comprar online, mas tenho que me conter e parar.
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Semana 31: Quando não tenho nada para fazer, gosto de…
Estou de volta à portugal. Após um dia para matar saudades do meu namorado e o fim-de-semana para re-organizar e destralhar o meu quarto (minimamente, tentei o meu melhor), liguei o pc para escrever.
Foram 187 dias a viver sozinha em bruxelas, numa casa partilhada com uma outra rapariga e uma familia (que como em todas as minhas experiências não é uma experiência linear), a realizar um estágio de 6 meses que me trouxe tanta aprendizagem e crescimento, a criar amizades que me trouxeram boas memórias e principalmente um suporte que não estava a espera. Só tenho a agradecer e sinto uma gratidão e orgulho enormes por ter dito que sim. Por mais que tivessem havido dias difíceis, a minha saúde ter começado a ficar frágil, as saudades e ansiedade a gritarem e deitarem-me abaixo, foi bastante recompensante.
Amei! Não existe outra palavra para descrever estes 6 meses, mesmo com uma quarentena por o meio. Tudo chegou no momento certo e eu estava a precisar de estar completamente sozinha, a conectar comigo própria, a descobrir e lidar com o meu lado sombra, a crescer e aos poucos ir tornando-me numa pessoa mais adulta. Mudar de meio, estar numa cidade que me pareceu tão familiar, conhecer pessoas que me deram tão bons momentos de convívio. Os portugueses que foi um comforto, a ida para lá foi bastante complicada e chegar à empresa e descobrir que português também esta em todo o lado. Ajudava a acalmar o coração, a sentir-me um pouco mais em casa. E um mês depois os espanhóis começam a chegar um por um, e através de um casual ajuntamento meu para visitar uma cidade começou a jornada de ser obrigada a entender espanhol, libertar-me de máscaras e ser eu própria (aquela criança sempre que via um animal ou algo fofo, a rabugenta que só acalmava quando estava finalmente a comer, a acelarada e sem paciência, a pessoa do "I don't care") e ser completamente aceite. Não esperava encontrar grupos que me voltassem a preencher, e o universo trabalha de maneiras simples e lindas e tenho coração cheio de gratidão.
Parece que tudo foi um sonho, que esse tempo não aconteceu por estar de volta à "velha vida e ambientes". Mas suponho que é até começar a bater aquela saudade e começar uma nova-velha rotina. Ainda estou a cair em mim e assimilar tudo o que estes últimos meses me trouxeram...
A minha viagem de volta era na quinta de manhã, pelo que passei metade da noite no aeroporto e foi melhor que da última vez, quando fui visitar o meu namorado de erasmus em cracóvia. Não sei como, o sono não me veio, estava demasiado absorvida e mais uma vez a viver com aquela sensação de estar fora do eu corpo e simplesmente a absorver. Uma escala em frankfurt que estava constantemente a olhar para o relógio e as tipicas 6-7 voltas ao porto com um atraso de mais de 20 minutos para conseguir aterrar por estar bastante nublado e pista nunca estar completamente livre. Mais uns 20 minutos à espera que as malas aparecessem e finalmente o momento de sair para fora do aereoporto, vê-lo e abraça-lo! Foi como levar com um murro e ficar sem ar de toda a saudade e saber que estava segura novamente. Esse dia foi para gastar toda a pouca energia que tinha, recuperar tempo perdido e ao final do dia assim que fui para a cama, dormir que nem um anjo de todo o cansaço e emoções. O dias seguinte foi começar a matar saudades de amigos, dos meus pais e dos meus animais (sendo que o gato gordo dos meus pais continua chateado comigo e a fugir de mim, mas por chamada reagia sempre à minha voz). Passei 2 dias a re-organizar o quarto, quando finalmente destralhava/arrumava uma parte, logo a seguir vinha outra e a cama ficava novamente cheia e ainda estou em modo lento e o eu corpo a re-habituar.
E agora? Desempregada! Quero aproveitar o tempo para fazer férias, retomar projectos que ficaram em stand-by, aprofundar o meu desenvolvimento pessoal e viver.
Semana 30: Fico impaciente com pessoas que…
I feel numb.
I feel emotional.
I feel a volcano inside of myself.
Disconnected.
Connect in other ways.
I feel like I'm inside of a movie. With those moments of music in the background, the wind in your hair, the perfect weather or the sound of rain, looking outside and then inside. Realizing that this whole adventure is happening and happened but at the same time feels like a dream.
This chapter is getting to an end, my life is slowing down. When everyone around me still has their lives moving so fast. When my life is still moving fast on the outside but inside, I'm sitting in my special place and seeing outside my body.
I don't wanna say goodbye. Give that last words. And then the uncertainty if I will ever see them again... The uncertainty of a future that I have no control.
I created a new life, found the new me. Learned to live and enjoy even more each moment. And in the between I passed throught a lockdown in another city alone.
But I miss my home so much. Although it seems that it was in another life, is where everything started.
Esta tag originalmente é de nome " Já fiz / Nunca fiz", mas para mim é o jogo do eu nunca. Tão icónico que fazia descobrir factos supreendentes sobre as pessoas e fazia umas quantas ficar bastante alegres. As saudades dessas noites épicas de vida de estudante.
Como eu estou a fazer isto simplesmente porque me apetece e não em forma de desafio, nem sei se é suposto colocar as regras aqui ou não. Mas fui roubar à the diary of a teenager.
1. Eu nunca estive num interrail
Não.
2. Eu já participei em algum concurso
Sim, quando tinha uns 2-3 anos e fiquei em 1º lugar. Era para o melhor disfarce de carnaval e estava vestida como as mulheres da nazaré. Já imaginaram um boneca rechonchuda a dar aos braços com 7 sais, era eu toda feliz sem fazer a minima ideia do que estava a acontecer.
3. Eu nunca conheci a pessoa que mais admiro
Sim
4. Eu já caí na rua
Sim. Quem nunca?
5. Eu nunca desmaiei
Sim.
6. Eu nunca estive em coma alcoólico
Acho que sim. Ir a desmaiar pelo caminho até casa conta, certo?
7. Eu já experimentei drogas
Sim.
8. Eu já me vinguei de alguém que me fez mal
Não. Por mais mal que as pessoas me façam, sou um coração mole e não será a pagar na mesma moeda que se irá resolver as coisas. Para mim isso não irá trazer paz nenhuma, é só um alimento para os nossos egos. É necessário saber desprender e largar o assunto.
9. Eu já tive um acidente
Sim, mas felizmente nunca foi nada de grave. Apenas o carro ficou amassado.
10. Eu já andei de avião
Sim. Aquele frio na barriga ao subir e descer. Aquele nervosismo de andar sozinha e não querer parecer que era a primeira vez e estava completamente perdida. Mal posso esperar por mais viagens.
11. Eu já bebi demais
Sim, mas foi lições para aprender o meu limite. Neste momento, é demasiado baixo e com um pouco de álcool já sinto logo os efeitos. Especialmente com a cerceja belga...
12. Eu já confundi uma pessoa com outra
Sim. Pessoas gémeas, é realmente dificil dizer a diferença.
13. Eu nunca me perdi num país/cidade estrangeira
Sim. Perdida por Budapeste. Semi perdida em Cracóvia. Perdida por Bruxelas graças ao google maps.
14. Eu nunca tive uma experiência paranormal
Sim.
Numa noite de verão, estava com o meu namorado e vimos uma luz intermitente e brilhante no céu que apareceu e desapareceu num piscar de olhos. Ao início pensamos que era uma estrela cadente, mas não deslizou, apenas andou ligeiramente para o lado.
Nestas férias que passaram, dormi em casa de familiares e senti algo a sentar-se ao meu lado e desbruçar-se sobre mim como se quisesse dar um aviso, queria acordar mas não conseguia, é como se estivesse presa no limbo. Quando finalmente consegui, quase que gritei e senti essa forma a desvanecer lentamente. Voltar a pregar olho foi extretamente dificil porque fiquei com aquela sensação que estava algo presente naquele quarto. Foi algo tão intenso, que as escrever isto, estou toda arrepiada e é como se tivesse voltado aquele momento.
15. Eu já roubei
Sim. Quando era pequenas queria um brinquedo dos chineses que a minha mãe não queria comprar, então decidi meter ao bolso.
16. Eu nunca apaguei nada do Facebook por ter poucos likes
Não. Só apaguei porque era muito mau estar no meu perfil por ser tão vergonhoso.
17. Eu já traí alguém
Não.
18. Eu nunca disse que ia deixar de falar com alguém que me magoou mas não o fiz
Não. Por mais chateada que esteja, nao consigo simplesmente retirar uma pessoa da minha vida. Sou um coraçãozinho muito mole.
Respondi com sinceridade a todas as perguntas?
Sim 🤞
Quem é bebeu mais neste jogo? Admitam lá, para não me sentir tão sozinha....
Semana 29: Filmes que me falam ao coração
São aqueles filmes que já vezes sem conta e há sempre uma lágrima pronta a cair.
Semana 28: Minhas maiores “neuras” e manias são...
E não é que a pessoa que não gosta de certos cliché, foi a cidade mais cliché do mundo. Paris nunca esteve no sonhos, apenas acontece estar perto e ser um dos países para os quais já se pode viajar. O que queria mesmo era ter ido a Versalhes e as catacumbas que não aconteceu, por isso talvez numa próxima. A cidade é bonita, a Torre Eifel e o bairro perto do Sacre Soeur tem um certo encanto, sendo os locais que mais gostei. No entanto, continuo a achar que é overrated (já devem saber que sou um pouco do contra e cada um tem a sua opinião) e é bastante romantizada devido aos filmes e pedidos de casamento. Dou-lhe um 8,5/9 numa escala de 10, após 33 km a pé durante 2 dias.
Decidimos ir na sexta a noite e após 4 horas de viagem de autocarro, foi diretamente para a cama com o cansaço. No sábado fomos tomar o pequeno-almoço as Galerias Lafayette, mais especificamente ao Chez Meunier. Rumo ao Museu do Louvre, que estava fechado com muita pena minha, passando a ponte de Arts seguindo para a Catedral de Notre-Dame. Continuamos até aos Jardins do Palácio do Luxemburgo e a hora de almoço fomos experimentar os típicos crepes (que não são nada maus e não me lembro do nome do sitio) e a seguir tomar café no Dose Coffe Dealer. A tarde fomos aos jardins dos Champs-élyées e rumo ao Arco do Triunfo por aquela avenida que faz o ser humano sonhar. Após ficar sem fôlego devido a mascara, a subir em espiral escadas que pareciam não ter fim chegamos ao topo do arco e a vista é de cortar a respiração! Descer novamente com mais tonturas que nunca e as pernas a tremer como varas verdes de todo o esforço até então. O culminar é na icónica Torre Eifel e Jardins do Trocadéro. Foi nesse momento que comecei a gostar porque não da para ficar indiferente a paisagem. Fomos a procura de um restaurante onde encontrei o nosso querido Luís de Camões e acabamos no restaurante do Marcello, onde comi italiano que me alegrou corpo e alma. Voltamos a Torre Eifel para a ver iluminada e é lindo, fica um ambiente magico, só tenho imensa pena de estar nublado e não ter visto a lua cheia magnifica que também estava. De volta ao hotel onde cada uma aterrou pouco depois de estar na cama.
No domingo fomos tomar o pequeno almoço ao Le Studio Café e visitar o Sacre de Coeur. Andamos por esse bairro, passando pelo muro das diversas linguagens de amo-te, pela estátua da Dalida e voltamos as Galerias Lafayette para ver a paisagem. Fomos almoçar ao Buffalo Grill, local que adorei pela vibe indígena e country. Seguimos por essa avenida até voltar ao hotel para ir buscar as malas e ir apanhar o autocarro. Por um questão de minutos que conseguimos, porque primeiro tivemos problemas a entrar no metro e depois atrasou-se e chegamos no exato momento que estavam a fechar as portas.
Posso dizer que Paris é uma cidade mais limpa que bruxelas, desinfetam as ruas e a grande maioria das pessoas usa mascara nos transportes e estabelecimentos públicos (apesar de aqui haver um pouco de relaxamento) e há imensa gente (apesar que disseram que não havia quase ninguém comparado a alturas que já tinham ido).
De volta a bruxelas ventosa cansada, com dores de pés e com o músculo do pé direito a fazer-se ouvir ao subir e descer as escadas de casa. Mas grata pelo fim de semana, pelos momentos passados, por ser a portuguesa criança no meio dos espanhóis que se tornaram aquele grupo que vou levar no meu coração, por ter tido aquele sentimento de é tudo no tempo certo e esta tudo bem.
Como descrever o vosso rosto sem imagens, apenas por palavras e com um máximo, 100 palavras?! Parece fácil, mas não o é.
"Cara de criança/adolescente com anos de mulher. Olhos expressivos que escondem e dizem tanto. Ar sereno e sorridente. Orelhas de macaco escondidas, mas a ouvir. Nariz de papagaio que já levou com uma bola de basquet. Marcas de crescimento, marcas de guerra contra um ferro de engomar em pequena. Boca pequena mas sempre com um sorriso. Um rosto alongado que tantas emoções e máscaras tende a mostrar. Uma alma a acordar e a progredir."
Este desafio teve início a 1 de Junho de 2020 e será deixado a vogar pela blogosfera
para todos os que lhe quiserem dar continuidade. Usa a tag: o meu rosto em cem palavras, para ser mais simples encontrarmo-nos.
IMPORTANTE: publica o link deste post, para quem nos lê ter acesso a todos os retratos.
Obrigado minha querida Ana de Deus!
Semana 27: Coisas divertidas para se fazer nas férias
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