Desafio 52 semanas - a 48
Semana 48: Nunca tive coragem de…
- viajar sozinha, solo trip
- falar toda a minha verdade
- agir sem pensar 2 vezes
- sentir demasiada adrenalina
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Semana 48: Nunca tive coragem de…
O ar quente e saturado começa a fazer-se sentir, contrastando com o frio desse dia. As enormes nuvens negras movem-se rápido no céu e ao longe ouve-se o som dos trovões. Ela inspira aquela energia no ar e decide ir preparar-se para a tempestade de final de verão, início de outono que estava a criar-se.
No chão junto à janela, coloca mantas, almofadas, o computador e um livro. Começa a preparar o chá, quando começam a cair as primeiras gotas. Abre a janela e respira aquele cheiro tão bom e recomfortante. A terra começa levemente a ser molhada por gotas grossas que vão aumentando de frequência. O gato vêm enrolar-se nas pernas a observar e uma tentativa falhada de fugir lá para fora.
O chá fica pronto e vai enroscar-se no cantinho que construiu a observar a chuva a cair lá fora. Poucos minutos depois o gato dá as suas voltas e deita-se junto as suas pernas. Naquele ambiente fica a saborear o chá, enquanto os seus pensamentos divagam e ideias para um novo texto iam surgindo. Pega no computador e começa a escrever ao som da chuva no telhado e na janela.
Embalada pela descargar de adrenalina e o aconchego criado, o corpo começa a ficar pesado e os olhos a quererem fechar. Rende-se ao sono naquele dia de tempestade.
Descobre os outros testemunhos do desafio aqui.
Semana 47: Quando eu estou apaixonada…
Imersa no mundo holístico. Aprendizagens, reconhecimento de sinais, recolhida em mim mesma, perdida na vazio e cheio da minha alma. Partilha de conhecimento e ser surpreendida com o aceitamento de um lado já não tanto oculto. Fluir, ouvir o coração e o corpo. Trabalhar por mim e mudar a minha aparência, uma vez mais ao fim de meses de estar parada. Sentir e integrar no corpo os efeitos. Um estado de plenitude e conexão. Estar no presente e absorver cada pedaço de respiração.
Uma bolha de gratidão. Um lembrete para ser grata. Para sair da nossa caixinha, ir de encontro às pessoas e dizer o quanto elas significam para nós. Sem medos, saído sem contexto, mas de um lugar de conexão e com amor profundo e sincero. ❤️
Porque a grande outra parte do tempo, é estarmos envolvidos nas rotinas diárias. Com a nossa mente focada nos problemas, nas dúvidas, nos medos, nos erros, no passado e futuro. Enfiados na nossa caixa, sem saber como sair, a ser controlados pelo ego e crenças. A querer gritar e parar, mas sem ser possível. A ver e sentir tudo, menos o que é realmente para ver e sentir.
Morrer e renascer?! É isto?!
Amor é uma palavra pequena, mas que é tão poderosa. Ao longo dos anos a perceção sobre o que é "realmente" vai mudando.
Quando somos pequenos enche o coração ser o amor dos nossos pais. Vamos fazendo amigos e queremos espalhar esse amor com brincadeiras. Começamos a ficar mais conscientes e queremos receber amor, é avassalador, intenso, intimidante. Crescemos e descobre-se que dar amor (a nós e aos outros) também traz boas sensações. Evoluímos, passamos a valorizar e a dar um novo significado aos momentos de amor.
atração passa a valorização, que passa a apreciação, que passa a paixão, que passa a reciprocidade. Na sua base esta a confiança, comunicação, respeito.
negação transforma-se em dor, que passa a raiva, que leva à depressão e acaba em resiliência. Aprende-se com os erros e cresce-se com as lições.
Este amor pode ser ensinado de uma maneira positiva ou negativa, irá impactar as nossas ações e reações. Este amor pode ser real ou platónico. Este amor pode ser por pessoas conhecidas ou desconhecidas. Este amor pode ser por animais. Este amor pode ser por nós próprios. Este amor pode ser encontrado nas pequenas ou grandes coisas.
Este amor é uma forma de expressão.
Esta tudo bem, tens o meu ombro para te confortar. Chora o que tens a libertar, grita o que tens juntado de frustração. Deixa-te cair e agarra-te a mim. Estas segura em ti própria.
Dias menos bons acontecem, onde nada parece funcionar, onde as emoções se atropelam umas às outras. Por mais que erros sejam apontados, não oiças as vozes. Deixa as amarras soltas, mantém-te firme. O teu valor é valorizado, tu própria sabes, lá no fundo.
Cada um tem o seu tempo, cada um enfrenta à sua maneira. Respira, estas a lidar da melhor maneira que te é possível no momento. Estas presente, estas a dar a tua visão, estas a dar o teu suporte, estar a dar o amor que recebeste.
Sente intensamente, mas deixa ir quando amainar. Abraça-te, coloca-te o mais confortável possível contigo mesma. Hoje, fizeste o melhor que te foi possível. Amanhã, é um novo dia.
Semana 46: Parece que todos sabem _______________, menos eu.
Cristalina. Ao seu próprio ritmo. Fluída. Leve. Molhada. Capaz de silenciar. Razoes pelas quais ela se sentia tão atraída pela água.
Adorava nadar em águas calmas, especialmente durante o dia para apreciar a forma como a luz se transformava ao ritmo da água e transmitia um paz tão profunda. Ficava num casulo, envolvida naquele ambiente molhado e sereno, escutando os sons abafados do exterior, a ver e sentir os raios de luz enquanto mergulhava naquele ambiente, as formas e sombras que desenhava no seu corpo. Era ali que se sentia enorme e pequena ao mesmo tempo, em sintonia com o cosmos e consigo mesma. Esperava um dia conseguir banhar-se à luz da lua, sentir a energia da noite.
Podia passar horas a olhar para o oceano, sentir aquela energia poderosa e livre da natureza. Salitro no corpo, pulmões envolvidos em ar puro, os sons que se completavam. Mas por alguma razão não se sentia segura a nadar no mar selvagem, sem barreiras, sem regras. Preferia observar. Podia entrar mar adentro, mas só na sua calmaria.
O que sentia quando estava envolvida num ambiente que tivesse alguma fonte água, é indescritível, apenas sentia e existia.
Semana 45: Lembra-me a minha adolescência
Há uns dias atrás fez 1 mês que voltei para bruxelas e o tempo têm voado. Cheguei numa altura boa: a cidade de onde ia ainda estava verde, por isso começei logo a trabalhar, as lojas estavam todas abertas e deu para comprar o que era necessário e mimar-me, e ainda consegui ir ao restaurante. Até as medidas começarem a sem impostas e estar de novo numa "semi-quarentena". Houve dias que pensei "Porque é que voltei quando há uma nova quarentena a acontecer? Será que foi a melhor decisão?", mas depois de 2 meses irá sempre mexer com o psicológico, independentemente do país! É um situação que já é familiar, mas traz feridas que se instalaram.
Sabe bem estar de volta, apesar de já não ser o mesmo, já não é aquela novidade. Em contrapartida gosto da casa onde estou, do trabalho que faço. Estou mais confortável, mas não invalida a dor de estar longe. Não invalida continuar na certeza da incerteza. Não invalida esta sensação de serem vidas diferentes e não saber como chegar à junção final. Não invalida ter inúmeros "não sei" que atormentam.
Estou bem, com muitas questões internas à espera de resposta e que olhe mais profundo para mais memórias que vão surgindo. Com um coração de saudade, uma alma a fervilhar de objetivos, uma mente a tentar ter os pés assentes na terra.
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