algo que esta a dar cabo de ti no momento

adversidades, contratempos. não ter controlo. ficar à mercê dos outros. burocracia.

situações que começaram em mercúrio retrogrado e remar com toda a força para lhes dar uma solução.

espera. mudanças. recomeços. medos e inseguranças do que o futuro reserva. 

o lado que não é fácil de se ser adulto, de viver fora do país.

A vida tem sido dura, os dias têm sido longos e exigentes. Digerir as emoções têm colocado uma enorme carga no corpo físico.

Reencontrar as pessoas trouxe um consolo ao coração, mas também trouxe a realização que, uma vez mais, cada uma esta a seguir com a sua vida. O ciclo terminou e dói. 

Em mais um dia de andar para trás e para frente, a ouvir o meu podcast e à caminho, um senhor sorri para mim. Aquilo foi tão simples, mas trouxe-me tanta alegria naquele momento! 

O beijo, Gustav Klimt 

abraço de conforto perante adversidade. segurança durante a tempestade. beijo de saudade e amor. 

é difícil explicar como é crescer pessoalmente e numa relação. é algo que apenas acontece e se constrói. cuidado, carinho, confiança, comunicação, respeito, liberdade, valores.

abraço, dois corpos em junção, momentos de prazer e paixão. 

inexplicável, vê-se e sente-se. 

Ashamed. No face to face nothing. The urge to close myself.
Hurtful. The feeling of powerless. The crying of had being so naive. The anxiety of losing so much and go back as the start.
Guilt, for always trying to be that strong and independent women and not be able to ask for help. All the trauma that brings, no escape to face my failures as person.
Such long and emotional days. The travels non stop. Being trapped in a scam, not knowing what to do next. All the stress, all the walk. All the discussions. The need to go over and over again through the situation.
It hurts hating myself for it. Trying to recover but then anxiety, depression, fears strick again.
Rough and hard start. So many lessons to take in acount, to digest, to figure it out how to embrace them.
Waves of anxiety, guilt, shame and sorry for myself. Waves of having to much on my mind and wanted to do all ending up to just disassociate.
A huge lesson from the universe. This time is not as you want but as I want, there is no escape for it, you're gonna learn in the harsh way.

Sobreiro de Malhoa

O sobreiro, no caminho para a casa era o que lhe incentivava a mostrar-se ao mundo pela sua arte. Apesar da sua casca ser removida, a sua capacidade de regeneração e longevidade eram extraordinários. Uma parte era retirada, mas continuava em pé em direção à terra e ao céu.

Anos a viver na agitação da cidade, que a viciava, mas também a deixava vazia por acabar a querer sempre mais. O contraste com o interior de ansiar por algo calmo e estável. A pressão começou a acumular e a acumular, até levar a loucura de em dois meses mudar o rumo que levava. Largou o emprego para se dedicar à pintura e fotografia. Pegou nas poupanças e mudou-se para o campo. Numa semana empacotou a sua vida. Guiou para o que viria a ser o seu refúgio. Deu início ao capítulo mais libertador e realizador. 

Ao inicío teve que se sujeitar a fazer quilómetros para continuar a contetar sustentar-se, enquanto explorava o mundo da arte. Chorou, questionou-se, quis desistir. Só que continuou. Lentamente o seu nome começou a ser conhecido, depois reconhecido. As circunstâncias da vida alteraram-se e passou a dedicar-se exclusivamente à arte.

E aquele sobreiro era o amuleto que a fazia continuar. 

qual é a área da tua vida que queres melhorar?

saúde, especialmente a física. 

acupuntura que deu uma ajuda enorme. ayurveda que me veio ensinar a saber o que o meu corpo precisa para o meu dosha, porque reage de determinadas formas em relação aos alimentos, o que posso tomar com ajuda de ervas, especiarias, vitaminas para dar suporte ao corpo.

alimentação com menos carne, mais variada, mais receitas do momento com vegetais.

voltar a movimentar o corpo, ou seja, voltar a fazer pilates ou ioga.

El sueño, Frida Khalo (1940)

um corpo pesado e cansado, caído na cama com o peso de uma pedra. o esqueleto completamente entregue à terra no meio do desconfortável do confortável da noite. adormece. uma alma nua e sem peso, que se prepara até ser hora de começar mais uma viagem.

um vestido branco com tons azuis escuros subtis. cabelo entrelaçado com pequenas folhas e ramos. a correr por entre relva, saltar riachos, dançar ao redor das árvores, continuar a correr pela areia e continuar nesta libertação corporal até alcançar as ondas do oceano. 

um sonho, um pesadelo, um reviver com mais algumas peças do puzzle do dia, imaginar o futuro, espiral pelos medos e inseguranças, uma viagem pelo mundo astral.

onde o corpo é deixado, o ego colocado a um canto a assistir, as personalidades a conhecerem-se, o eu superior a intergrar e transmitir mensagens.

pensa numa palavra, vai ao google procurar a imagem e escreve sobre

caneca. 

o melhor date comigo mesma. um late ou chocolate quente tirados da máquina, acompanhados com um muffin ou um donut. e estes na companhia de estar a ver a evolução da manhã, no sofá a ler um livro. na cama a ver uma série com o barulho da chuva. 

Healing is a beautiful word. The journey of learning how to love ourselves is appealing. The main character of life, the simplicity in enjoying the moments, cram in gratitude. The silent and slow mornings. Coffee dates alone, reading, being in nature, dress up to feel good, time to give pleasure, romantic baths, hot tea and chocolate, healthy meals, listen to music, journaling, meditate, move the body, petting the pet, work on the hobbies. Radiant energy. In those times, is calm, is comfy, is peaceful, is right, is worth it. However, that is romanticizing, also important.

The reality is to wake up every morning and do the mental list for the day, do healthy meals, make space for alone time, talk to yourself to do self-care, to exercise, to write, to go out of the house, to go work and deal with the time of travels, get home and do chores, take care of the pets. Is also to make yourself uncomfortable, push limits, work on the shadow part, set boundaries, being dynamic in relationships, through the pain, the low mood.

In this half-term is wavering. Lessons that come in all the forms and signs, facing the struggles of frustration, sadness, lethargy, stress. The need to set boundaries, to restart, to continue forward with the bag full, deal later with emotions. The hardest is to not fall into the spiral of the good girl syndrome, people's pleasure that caused so much pain. Understanding that the body and mind have limits and respect them is not always easy, because that is avoiding it. Doing the work that is possible with half of the energy. Face the flaws.

For so much light, it also exists the darkness. A non-stop mind drowning in repetitive thoughts, fears, insecurities, anxiety. Especially, when the triggers happen. Taking care of the child and the adult, that although is healing, is still hurt and the wounds take time and patience to become softer. The mind enters in a loop of words that hurt, the wound is unclenching due to the need to face the reality and admit it is terrifying and a sensation of putting all the main character work under the rug. Disassociating, apathy, dullness, inability to relax and rest, numb.

Looking at the emotions and the past often hurts. But the grief, wounds, needs, ancestral patterns, fear are too heavy and not problems to feed. All the work of building the house, put comfort in the home, nurture the temple, loving you is the reward. There will always be good and bad times. 

40 anos - Fátima Mano

O sol de inverno a entrar pela janela, aquecendo o estúdio. O gato enrolado sobre si a dormir no tapete. A cama quente, semi-feita e ocupada. Veste o robe mas não o fecha. Desce as escadas e vai preparar o café. Com o café na mão, vai sentar-se no chão ao pé dele e saborear o conforto. Ao pé da janela tinha um espelho de copo, e ao lado destes cadernos e livros. Pega no livro mas fica perdida a olhar o seu reflexo no espelho e o ambiente minimalista do espaço. Para aqueles momentos, tudo vali a pena.

Após muita procura tinha encontrado o seu estúdio de sonho. Pequeno, mas com dois andares e já mobilada. Na parte debaixo tinha a cozinha aberta com sala, e uma casa de banho com duche. Uma janela com uma varanda inexistente mas que deixava entrar imensa luz. As escadas de madeira levavam à parte superior, um quarto no sótão com espaço para a cama e um pequeno móvel. A estrutura estava bem organizada e pensava, todos os espaços estavam bem aproveitados para arrumação, móvel debaixo da escada, móveis de esquina, portas deslizantes. Aproveitava o resto do dia para organizar à sua maneira, luzes como decoração, posters imprimidos em papel, tapetes, livros, cristais. O seu novo espaço.