A tua depressão já esta curada? Já não estas deprimida? Continuas chorar ou já estas bem?

Não. Como existem dias bons e maus, também assim existem semanas e até meses. Não existe uma formula mágica ou uma cura milagrosa. É um processo lento e uma recuperação com altos e baixos e meios termos. 

Fiz as pazes com o ambiente que me colocou neste estado, automaticamente e inconscientemente, coloco a máscara de está tudo bem. Estar ocupada ajuda a mente a não ir para aquele sitío vazio. As hormonas também têm o seu papel. A visão com que acordo para o dia. Só que isto não invalida, que mesmo tendo toda a energia de volta, não chegue a casa e entre no meu cásulo e simplesmente ficar a existir... Sem energia para colocar no que é necessário, em projectos presentes e futuros, para mover o corpo e acalmar a mente. 

A semana passa rápido, entre trabalho, consultas, aulas. Os fins de semana tanto podem ser preenchidos ou a serem passados a existir, permitindo o descanso do corpo que tanto assim pede. Se faço para acabar ocupada?! É verdade, sei que assim não chego a casa para ir ficar tempo infinito no sofá... Ainda é uma luta, passinho a passinho.

uma obra de arte

o quão hipnotizante é? 

No desconforto dos dia, o que me foi trazendo um propósito e um sorriso, para suportar as longas e penosas semanas: dança do ventre! 

Desde que me lembro que sou apaixonada! Os movimentos, as expressões, a graciosidade. Crescer numa cidade pequena, longe das capitais onde haviam lições. Nos tempos da universidade tive 2 semestres onde foi possível contactar com alguém e deu umas luzes sobre o básico. Mas longe do treino ou indicação que era realmente necessária. O bichinho sempre ficou, uma ou utra vez voltar a ver os vídeos e tentar fazer alguns treinos mas com completa noção que não estava a fazer o correcto.

Até este ano finalmente ter aparecido a oportunidade e ter tomado a coragem para ter aulas e aprender com alguém experiente e com a alma para ensinar. Com isto digo já que a Badriyah é uma pessoa com uma energia e talento incríveis! As segundas era o dia que mais ansiava, no final a adrenalina era imensa e a libertação total. Foi um semestre que me rendeu e re-acendou a paixão e que no final foi também a salvação para mexer o corpo.

Para nível 1 não foi nada mal, em menos de 6 meses aprender técnica e uma coreografia, mesmo tendo faltado a algumas aulas pelo meio por causa da queda. O meu lado perfecionista quem falar mais alto ao ver os vídeos, porque a falta de confiança esta presente mas estou feliz por tudo!

Até daqui a um ano babygirl!

um adormecer tranquilo

as noites no meu quarto no sótão, em bruxelas, com o som da chuva.

enrolada nos lençois, o cansado do dia a pesar, mas completamente agradecida, mesmo com a dor da distância. 

As palavras que estão sempre presentes: "Nunca vou ser o suficiente." E a realização que não é só de mim para mim, mas sim das expectativas que deixo que as pessoas ao meu redor coloquem em mim...

Em busca do perfeccionismo, de chegar a altura em que esta tudo bem quando isso é um mito. Irá sempre haver algo que não esta bem, irá sempre ser o meio termo que não sei lidar ou que não quero viver porque na minha mente nunca é o suficiente. Mas no final não sou só eu que sofro, mas também as pessoas ao meu redor...porque viver na ilusão e em memórias passadas é mais suave que enfrentar a realidade e crescer com ela.
Se mudei, sim, bastante. Cresci com a vida e as experiências, obrigando-me a desabrochar, mas também a descobrir quem eu sou. E não é aquela pessoa sempre sorridente, com imensa energia e pronta a ajudar e a compreender. Uma máscara que teve que cair para deixar a mulher aparecer e olhar para as feridas que eram escondidas por camadas.

Dói, traz saudades. mas também amargura porque já não é quem eu sou ou quem irei ser. Fechar ciclos é o mais difícil, especialmente os que têm pontas soltas. Viver anos em modo sobrevivência, em busca de algo que já se encontra no presente mas sem essa noção. Um meio termo que parece incansável, de sempre ter estado em modo tudo ao meu tempo ou tudo ao mesmo tempo. Sem respirar ou saber como me respeitar pelo meio.  

things that can help you heal that are not theraphy:

breathwork

meditation

mindfulness

nature

daily walks

vitamin D + sun

journallin - shadow work

movement

heal the inner child through play and creativity

bodywork

routines and rituals

limit screen time and external stimulation

self nourishment 

affirmations

boundaries

and the most important 

treat YOURSELF to kindness each day

uma caminhada curiosa

meditações ativas na praia. é sempre algo novo, com tantas variáveis e as sensações que traz. 

O que é isto? Raiva, frustração, injustiça ... Quero o meu brilho de volta, quero-me de volta. Fugir desta roda de hamster de dias.

O cansaço percorre o corpo. Um ardente subtil que vai a todas as extremidades promovendo a lentidão. Fogo que consome sem ser visto.  Pensamentos que correm livres. Uma armadura colocada, escondendo um mundo afunilado adentro. 

Ser tratada de maneira desumana, colocada a um canto e puxar todas as cordas para fazer com que os dias sejam longos e penosos. Estar nesta posição é doloroso, mais um peso em todos os outros que já carrego.

Ondas de energia para enfrentar o mundo e voltar a pegar nos pedaços e continuar o puzzle. Ondas de ficar debaixo dos cobertos a esconder do mundo. Emoções que rebentam... Histeria, frustração, raiva, tristeza, lamentação, choro, cansaço. 

Viver os momentos ao máximo, o corpo ser levado pela adrenalina. Conduzir, gritar, cantar. Estar presente enquanto a mente permite. Tento reconectar comigo e recuperar os corpos. 

um prazer inenarrável

abraço de saudade.

orgasmo. onde tudo se solta, olhar no olhar, o corpo estremece.

gritar no meio da natureza.

ter espaço próprio.