caminhando pelo trauma
Uma onda enorme passou e levou com ela imensas emoções. Mas pequenas ondas, mais leves e sossegadas, continuam a passar pela montanha de pedras que são os sentimentos, memórias, vivencias.
Libertador com uma dormência que se arrasta.
O passado sustenta uma grande parte da pessoa. Explorar a superfície é algo que flui, devido a ter aceitado quem eu sou e estar em constante processo de fazer as pazes e dar conforto à criança e adolescente que sustiveram tanto. E sendo mão do destino ou impulso de anos a viver numa gaiola, voei e fui de encontro à liberdade.
Um ambiente restrito e tóxico. Uma união em frieza, sem grandes demonstrações. O amor estava presente, mas colocado num pedestal feito de areia.
Solitude e solidão, de mãos dadas. Um mochila pesada, ao longo dos anos, mais peso que foi sendo adiconado. Mesmo desconectando e desligando, inconscientemente os eventos acumulam-se.