Explora como cresceste nos últimos anos e o que isso significa.
Cada desordem moldou-me. Ter-me tornado emigrante e arar pelo mundo adulto que ninguém nos prepara. E chegar à conclusão que continua a ser uma incógnita, não há caminhos certos ou errados, apenas escolhas que são feitas e outras que são reações ao que acontece.
Longe de um gráfico com altos e baixos. Igual e diferente da confusão criada ao deixar um novelo de lã perto de um gato. Pequenas nuances que foram-se acentuando na minha perceção.
Ondas que abalam e danificam um barco, mas a madeira continua a flutuar nas águas mais violentas. Como um rio que molda as pedras ao longo do caminho. Experiências. Encontros. Mudanças. Possibilidades.
Versões mais rígidas. Versões mais fluídas. Expansão. Contração. Uma constante aprendizagem, de ir com a fluidez, de adaptar-me, de re-descobrir-me.
Um crescimento que não girou em acumular coisas ou atingir marcos (afinal nunca pensei dessa maneira e apesar de ter pensado por anos que algo estava errado comigo, nunca esteve! talvez o meu ser sempre soube que ao ser assim era como iria saber lidar com as inconstantes e desafios), mas sobre ser capaz de abraçar a incerteza e continuar a olhar para o amanhã. Confiar no processo, mesmo quando me encontro perdida para o escuro e silêncio.
Metamorfoses em maneiras que não consigo explicar, simplesmente acontecem e ainda é um sentimento esmagador. Posso encontrar calma, ser eu mesma e mostrar o anjo e diabo que sentam-se nos meus ombros. Posso perder-me em todos os traumas e dores.
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