2º capitulo - História de Amor
Capitulo 2 – O reencontro
As semanas vão passando e na minha cabeça só havia André e a sonhar acordada na próxima vez que nos encontrássemos.
-Onde vamos? – pergunta eu pela quinquagésima vez a minha mãe.
-Vamos a casa da Fátima. – responde a minha mãe finalmente.
-Que Fátima? – pergunto eu completamente no mundo da lua.
-A mãe do André – desço a terra e fico especada a olhar para a minha mãe. – Queres um babete? – goza ela.
Eu não respondo e encosto-me ao banco, tento acalmar-me, mas não conseguia, os nervos começam a apoderar-se de mim e sinto um nó no estômago.
A minha mãe arranja um lugar para estacionar, saímos do carro e descemos a rua. Chegamos a casa dele e como o portão estava aberto entramos, assusto-me com um grande pastor alemão, devia ser o cão dele.
A minha mãe vai tocar a campainha e pouco tempo depois aparece a Fátima.
-Quem é? Ah! Olá, entrem.
Subimos as escadas e entramos na cozinha, o André estava ainda a almoçar, mesmo assim estava giro.
-Olá – digo eu assim que o vejo.
Ele não responde porque estava a comer, mas acena-me. A Fátima vai mostrar a casa a minha mãe e eu fico a falar com o André. Falamos um pouco de nós e de como eram as nossas vidas, sinceramente só me lembro da parte de ele ter vindo da Suíça e ter chumbado logo no 1º ano porque não se adaptou a língua, por isso ainda estava no 4ºano, porque estava completamente obcecada a olhar para ele.
-Queres ir dar uma volta pela aldeia? – pergunta ele e começa a avançar para a porta e desce as escadas e eu segui-o. – Mãe vou dar uma volta pela aldeia com a Patrícia.
-Está bem, mas toma bem conta dela e não demorem muito.
-Ela está em boas mãos. – e ele sorri para mim.
Saímos da casa dele e vamos dar uma volta por toda a aldeia, sentia-me tão bem ali que não queria que aquele momento acabasse nunca.
Passa por nos uma mulher:
-A passear com a namorada? Muito Bem.
Não dizemos nada e assim que ela já não nos vê começamos a rir as gargalhadas.
-Estes velhos só sabem dizer estas coisas. – diz ele a rir-se, como ficava tão perfeito.
Chegamos a casa dele e o cão ia para ladrar, mas ele vai logo cala-lo.
-Entra para a garagem. – diz-me ele baixinho e apontando com o olhar.
Eu entro dentro da garagem, aquilo era uma espécie de sala de estar. Ele tinha os livros da escola em cima de uma mesa e vou até lá, queria ver como era a letra dele. Estava quase quando ele vem ter comigo.
-Ainda bem que entraste logo para aqui, assim o Rex não deu sinal que nós já tínhamos chegado.
-Pois, mas porque não queres que a tua mãe saiba que já chegamos? – pergunto não estando a perceber nada.
-Porque quero pregar-lhe um susto. A uma passagem lá em cima que vai dar a outra divisão e assim aparecemos de repente e assustamo-las. – diz ele com um sorriso maroto. Ele pega-me na mão e começa a caminhar – Anda!
Subimos mais uma escada e vamos dar a uma espécie de escritório. Ele larga-me a mão para ir a frente na passagem, mas eu antes de ir fico a olhar pela janela, não sei bem porque.
-Vais gostar de passar pela passagem é estreita, mas nós passamos na boa. – viro-me de repente para ele e ficamos frente a frente. A acra dele começa a aproximar-se da minha, estava a começar a sentir-lhe a respiração, quando ouvimos uma mulher a chamar. Ele afasta-se e olha pela janela, era a mesma de a bocado.
-Deixa-a a chamar, faz de contas que ainda não cá estamos, a tua mãe não tarda há-de ouvi-la.
-Mas ela já me viu, desculpa, mas tenho de ir chamar a minha mãe. – ele avança para as escadas e começa a desce-la.
Eu suspiro, e começo a caminhar, não ia ficar ali sozinha, aquela mulher estragou-nos o momento perfeito.
O André e a mãe começam a falar para a mulher e eu e a minha mãe acabamos por ir embora.
-Xau – digo eu com um olhar matador para a mulher.
-Xau, gostei muito de estar contigo. – diz ele com um sorriso.
Como aquele gesto me deixava nas nuvens. Vamos para o carro e a minha mãe começa a fazer perguntas, mas eu estava novamente no mundo da lua, aqueles momentos com ele foram inesquecíveis.
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