Dizem-nos para aproveitarmos a vida, porque no dia seguinte podemos já não cá estar. Para seguirmos os nossos sonhos e não deixarmos que nada se meta no nosso caminho. Mas e se não tivermos um objectivo na vida? Não tivermos um sonho concreto para realizar? Vivemos na sombra da humanidade que tem inúmeros objectivos? E se simplesmente quisermos aproveitar a vida ao nosso ritmo, fazermos o que quisermos, não termos que ser obrigados a nada.

Somos pequenos, vivemos numa liberdade limitada, começamos a crescer, conhecemos um pouco do nosso mundo e do mundo das outras pessoas, entramos na escola, as obrigações começam a aparecer e só nos sabem dizer que já somos crescidinhos para fazer isto e aquilo. Mas não crescidos para fazermos para fazer aquilo que queremos e gostamos! Isso é muito perigoso dizem eles.

Crescemos cada vez mais rápido, descobrimos o que realmente é o mundo, percebemos o que é o bem, o mal, a injustiça, a justiça, a felicidade, a tristeza, o histerismo, a amizade, o  amor, … no seu sentido mais profundo.

Começamos a ser constantemente pressionados em casa, na escola, no nosso grupo de amizade sem nunca saber como reagir. Tomamos a decisão e seguimos esse caminho pensando que foi o mais acertado, mas depois começa a dar para o torto e começamos a auto-criticarnos por termos feito isto e não aquilo, culpamos as pessoas mais próximas de nós por não nos ter dado tempo para pensar, arriscando-nos a perder imensas coisas num espaço de tempo muito curto. Mas no final de contas todas as decisões que tomamos têm consequências, tudo o tem.

A vida é feita de vivências e evidências , tudo têm o seu porquê, apesar de não o conseguirmos compreender, mas é aí que está “o bichinho” de querer viver mais um dia, mais emoções, sentir novos sentimentos, descobrir coisas novas para alargar os nossos horizontes.

Por cada coisa que nos faz ir abaixo, faz-nos crescer em espírito e acreditarmos que somos melhores e mais forte do que pensamos. Gostarmos de nós próprios tal e qual como somos, incluindo a nossa aparência, os nossos defeitos, qualidades, manias, … é a principal “arma para termos uma vida “saudável”.

Não podemos viver agarrados ao passado, nem ao medo e muito menos à preconceitos. Temos de nos saber libertar gradualmente, mostrar ao mundo quem realmente somos.