pedaços
Cada momento tinha a sua melodia, cada situação do dia era gerida segundo as emoções que a música lhe transmitia, não se desligava daquele mundo alternativo ao barulhento mundo real.
Ao anoitecer e ao amanhecer era inevitável pegar no livro na mesinha de cabeceira e sempre que durante o dia conseguia se afastar do mundo, escolhia um canto e punha-se a ler. Era incontrolável a vontade de querer sentir cada palavra, cada personagem.
O corpo tinha que ser perfeito, não importava se no dia seguinte tivesse dores inacreditaveis nos músculos, era sinal que o trabalhava continuamente até a exaustão. Era o mais importante ser a perfeição em frente ao espelho.
Conforme estivesse o tempo, era assim a sua disposição. Um dia azul com um sol brilhante e um sorriso para todas as pessoas, uma renovação de sentimentos. Um dia de chuva e nuvens cinzentas, um ar melancólico, uma tristeza quando a luminosidade diminuia.
Um pedaço de quatro de entre muitos outros em q.b. transformam uma pessoa no que ela é, a maneira como reage à realidade à sua volta que marca a sua personalidade.