*a dor de voltar a ver-te partir
Vieste abalar à minha rotina e agora voltaste a ir embora, mais uma vez fico a olhar para o vazio agarrada às memórias. Existe aquele símbolo, dá-me algum conforto, porém ainda só foste a umas horas e já sinto tanto a falta do teu abraço, dos teus carinhos, do teu sorriso, da tua maneira d eolhar para mim, de ti!
Fico agarrada aos segundos da despedida, à tua cara, o teu toque, às tuas palavras. Aqueles segundos que se seguem de completo desespero, da dor profunda de ficar mais uma vez sozinha e ter que esconder com sorrisos. Nada se tornou mais fácil, apenas mais intenso e destrutivo porque já existe a consciência de como será a seguir.
Foram dias tão bons, tão nossos, mas mais uma vez partiste e eu fico doente, em ambos os sentidos. Se já é horrível estar doente no verão, a sensação só piora quando o coração esta perdido. No meio do desconforto físico, aquelas horas de espera só se tornaram mais penosas, porque o coração só implorava por algum conforto da partida e chorava para que fosse possóvel teres ficado.
O cansaço acumula-se, o coração está doente, o corpo tenta resistir da melhor maneira que consegue. Não é fácil ver voltar-te a partir, não é fácil ter que te deixar ir, não é fácil mentir à mim própria e dizer que estou bem.
Estou com o coração estralhaçado.
Modo robo novamente a tomar conta daquela mulher que sorri com as lágrimas ao canto dos olhos.