A fogueira
Desafio no âmbito da iniciativa da Mãe Natal, conhecida por imsilva.
Invernos rigorosos pediam celebração para gerar ânimo e celebrar o final dos meses pequenos e escuros.
As árvores eram decoradas com laranjas, maçãs e outras frutas secas que eram secadas para durar pelos meses de pouca colheita. À entrada das portas eram colocadas pinhas e azevinhos. Sinos e símbolos que representassem luz eram espalhados pelos espaços públicos. Velas com ervas naturais, nesta época eram usadas em abundância. Sacos com ervas associadas à prosperidade e fertilidade eram criados para ser oferecidos e colocados em casa até à próxima estação. Uma taça com frutos secos e cenouras era deixada à lareira para aquando da visita do velho homem do inverno. As renas não só permitiam que ele conseguisse chegar as aldeias mais distantes, como também ajudavam a montar os preparativos para as celebrações. No centro da aldeia a fogueira era alimentada durante dias. As pessoas reuniam-se de volta desta partilhando comida, bebida e as suas artes.
O espírito e o ânimo das celebrações, dava esperança para os meses até a chegada da primavera. A comida e bebida com o calor da fogueira combatia o frio do inverno. As conversas, as brincadeiras, os cânticos e danças não deixavam a magia morrer... Porque à volta da fogueira estava o fogo, para tudo e para todos.
Tradições que foram sendo sufocadas, alteradas e adequadas às sociedades e épocas que vieram. Uma ilusão que foi obrigada a ser criada para proteção. Desconstruir a história da celebração pagã e tradições nórdicas. Como um manto a esconder a verdadeira aparência do humano. Uma rena e o trenó sozinhos para desviar a atenção.