aconchego da cabana
A escuridão da noite traz os animais nocturnos, os seus sons, o roçar da floresta produzido pelo vento. A lua ilumina e mostra as formas do fumo que saem pela chaminé da cabana. Corvos que pousam brevemente no telhado.
Livros, folhas soltas, à luz das velas. Cores, cheiros. Espelhos, colheres, taças, utensílios de cozinha. Ervas, cristais, penas, ossos, cinza, terra, ramos e folhas. Uma mesa coberta de elementos que carregam intenções.
A cabana, aconchegada pelo calor da fogueira. Tambor, harpa, sinos, flauta espalhados pelo chão. Mantas, espelhos, tapeçarias na parede, plantas espalhadas pelo espaço. Desenhos cravados na madeira, em pequenos pedaços de folhas. Colares, pulseiras e brincos numa caixa perto da cama. Vestuário com cores escuras ao fundo da cama, dentro de um baú aberto.
De volta da mesa, com pleno foco. Com uma voz baixa, a entoar mantras e melodias. A preparar remédios caseiros, a vestir as velas soprando palavras com intenções, colocar ervas e folhas a secar, esmagar outras. Água a aquecer na panela à lareira para preparar chá e o resto para o merecido banho, após mais um dia de trabalho a servir e receber em troca sorrisos, ajuda e mantimentos.