Amargura
As palavras que estão sempre presentes: "Nunca vou ser o suficiente." E a realização que não é só de mim para mim, mas sim das expectativas que deixo que as pessoas ao meu redor coloquem em mim...
Em busca do perfeccionismo, de chegar a altura em que esta tudo bem quando isso é um mito. Irá sempre haver algo que não esta bem, irá sempre ser o meio termo que não sei lidar ou que não quero viver porque na minha mente nunca é o suficiente. Mas no final não sou só eu que sofro, mas também as pessoas ao meu redor...porque viver na ilusão e em memórias passadas é mais suave que enfrentar a realidade e crescer com ela.
Se mudei, sim, bastante. Cresci com a vida e as experiências, obrigando-me a desabrochar, mas também a descobrir quem eu sou. E não é aquela pessoa sempre sorridente, com imensa energia e pronta a ajudar e a compreender. Uma máscara que teve que cair para deixar a mulher aparecer e olhar para as feridas que eram escondidas por camadas.
Dói, traz saudades. mas também amargura porque já não é quem eu sou ou quem irei ser. Fechar ciclos é o mais difícil, especialmente os que têm pontas soltas. Viver anos em modo sobrevivência, em busca de algo que já se encontra no presente mas sem essa noção. Um meio termo que parece incansável, de sempre ter estado em modo tudo ao meu tempo ou tudo ao mesmo tempo. Sem respirar ou saber como me respeitar pelo meio.