Como te sentes?
Se me perguntarem como realmente me sinto não o sei definir. É um vazio que se foi criando, um acostumar com a nova realidade. Tanto se têm passado, que é difícil recordar de como era o "antes". Juntamente com uma empatia terrível que acaba em se transmitir por um distanciamento não intencional. Fico no meu canto agarrada ao que não consigo alcançar, a encolher os ombros para o que devia estar a agir e a lutar.
Não existe culpa de ninguém, é assim que a vida é... Um pessoa tem que se acostumar, mas saturação é inevitável. Isto porque depois as pequenas coisas vão-se juntando e a paciência acaba por se esgotar. Não quero que as coisas estejam neste limbo, mas a minha energia esta cansada.
Voltei a adquirir a mania de por a máscara e depois quando penso em mim, fico a sentir-me culpada de culpa que nem sequer deveria existir porque as escolhas são minhas. É uma máscara segura, mas esconde a melancolia e o vago que é a realidade.
São dias longos com um tempo livre mas que nunca é verdadeiramente de qualidade. Há sempre algo que gosto que ponho de lado, como abrir uma gaveta agora, fechá-la e a seguir para a outra e repito desde o início. Não deveria ser assim, deveria ser capaz de abrir todas as gavetas ao mesmo tempo, só que o cansaço e letargia estão constantemente a vencer-me.
Quero-te de volta!
Sinto falta de como era antes. Das pequenas atenções, do carinho, de chegar a casa e poder contar com o inesperado.
Quero voltar a encontrar-me....