*dias de cão
As insónias, os sonhos e os pesadelos mais a constante luta entre a ansiedade e a pouca vontade de tratar de mim começam a sentir-se pelo cansaço extremo ao fim do dia. Aquela depressão que aparece ao fim do dia, ao ouvir as músicas que mais identificam os meus sentimentos no momento. A inspiração que acompanha o choro nas palavras mais intensas.
É um misto de sentimentos, quero continuar a aproveitar a minha vida, mas sem ti simplesmente não é a mesma coisa. Não é tão colorido, não é aquele sentimento de me sentir realizada ao fim do dia. As tuas palavras continuam na minha cabeça e não te quero desiludir, mas a minha essência é suave e intensa e preciso das tuas palavras para me ajudar a ter os pés assentes na terra.
As saudades apertam e apertam...
Há dias mais fáceis e outros mais complicados, estou a tentar aos poucos ajustar-me a rotina sem ti fisicamente. O meu ambiente mudou, já não tenho a energia ou paciência de antigamente para aproveitar a vida académica e a minha mentalidade e realidade foram obrigadas a crescer no último ano. Só quero que passe mais um dia e que amanhã a dor já seja um pouco mais fácil de lidar. Meio que encontrei o caminho, focar-me nos objetivos, mas continuo a sentir-me meia perdida nesta agitação de realidades.
Os nossos pequenos momentos passaram a significar tanto, as memórias são ouro e as sensações são sagradas para aconchegar um pouco o coração. Esta vontade enorme de puder ligar-te para partilhar o que me vai na alma. Quero ouvir a tua voz, quero ver-te, quero sentir-te perto de mim uma vez mais.
Não é fácil para os dois lados, estou constantemente a espera de poder falar contigo, porque os dias são negros, mas és capaz de os tornar um pouco melhores. E assim aos poucos vai surgindo a coragem para me agarrar a pequenos pedaços de realidade e organizar a confusão que sou.