é uma nova rubrica chamada é o mundo adulto
Ainda parece irreal, aconteceu tudo tão rápido, com tanta emoção envolvida. Estou tão orgulhosa, mas também assustada. É vida adulta daqui para a frente e o processo têm sido tão turbulento e ainda mal esta a começar.
Um desafio contínuo entre ser aquele suporte de positivismo e carinho e aquele ar duro que a realidade é intensa, sendo mais que capaz de nos derrubar, só que não se pode parar e é necessário conseguir aceitar por mais implacável que seja. Gostava de puder fazer mais, mas há alturas que nem sei se estou a ser demasiado rigida ou a deixar a maré andar por não saber como agir porque a empatia ganha.
Estou a tentar ser forte, mais uma vez pelos dois, a pôr todo o negativismo, medos e inseguranças numa caixa escondida num canto, para estar presente. É uma grande mudança, mais tarde ou mais cedo iria acontecer, e por saber como é, esta viagem de ser obrigado a ser adulto de repente, estar com aquele sorriso e palavras de aconchego fazem um pouco a diferença. Como é óbvio quero acreditar nas palavras que digo, confiar nos meus instintos e apenas olhar em frente.
É um malabarismo gerir tudo, há alturas que dá a sensação que nada mudou, até me lembrar que estão a mudar e levar com um murro de emoções que ainda estão a ser digeridas. Contudo tenho que pensar que sou capaz de chegar à tudo, é só mais um daqueles desafios e estou a dar o melhor que consigo.
As emoções começam a juntar-se às hormonas que enchem os olhos de pequenas lágrimas, por me sentir impotente grande parte das vezes, por ser uma espectadora que vai ficar noutra realidade. Tento aquecer essa empatia que se instala com sentimentos daquelas conversas de madrugada, pelos pequenos gestos e palavras, pelas lutas já travadas e vencidas.
É o começo de uma nova capítulo, adaptação à uma nova rotina, a criação de um nova rubrica.
Estarei sempre aqui, não importa os desafios.