errante
qual a verdadeira identidade?!
nada é constante. o conflito entre ficar envolvida e conseguir deixar ir. sentir muito ou não sentir por ser demasiado.
coração ferido e frágil. cérebro dormente e sagaz. corpo volátil entre a rotina e à constante procura de se preencher. calar às vozes e clamar por compreensão.
o tempo passa....os cantos escuros protegidos pelos monstros manifestam-se. vivências que se apoderam, preenchem e adentram-se em novos cantos.
os monstros já não metem tanto medo. no silêncio ou no meio do turbilhão de vozes e emoções, os olhares cruzam-se em pequenos entendimentos. o que eles estiveram a proteger por tanto tempo. os cantos em um emaranhado de linhas desgastasdas pelo cérebro e tempo.
o êxtase, a adrenalina. ser intensamente para o momento. deambular pela fadiga das responsabilidades e estar à altura do que à sociedade doente espera. reconhece os opostos, agarrar os intermédios que escorregam em instantes. e mesmo expectando a invasão, jamais é suave.
empurrando para os lancis, todo o bonito, toda a conquista, todo o crescimento, todo o apreciamento, todo o ser humano que se olha a si próprio e vê a sua alma, e colocando as pedras no caminho do intenso que apaga da memória todo o bonito de todos os dias.