Estas segura, mesmo sendo a ansiedade a falar.
O cansaço traz todas as inseguranças, traumas e medos ao de cima. A ansiedade não é só o que se vê, mas também o que não se vê. Os gatilhos fazem-na acordar e ela perdura agindo e disfarçando-se em comportamentos do dia-a-dia.
Quero chorar, quero colo, quero carinho, quero amor. Quero que este abismo que se abriu novamente não me faça sentir tão assustada. Automaticamente colocar máscaras porque foi assim que fui crescendo e é o meu mecanismo de proteção.
Quero fazer tudo ao mesmo tempo, quando tenho que aprender a fazer uma coisa de cada vez. É tanto a percorrer a minha mente e o meu corpo, ao mesmo tempo que o meu corpo começa a sangrar e a libertar-se do que não é mais necessário.
Dar tempo a mim mesma e parar após a intensidade. Sentir, chorar o que tiver que ser, sentir o que é pesado e negativo, deixar ir e recolher-me sobre mim própria. Conectar-me com o corpo, com os sentimentos, ir às suas origens, sentir e abraçar.
Uma jornada com constantes provas, situações em que ocorrem espelhos, em que o humor e o que é preciso naquele momento em constante alteração. A mente vagueia porque sente o mundo contra, tudo parece ir na direção errada. A comunicação torna-se pior, as ações na sua inocência saem desajeitadas e destrocidas.
A criança ferida aparece, traz a culpa e a vítima por não saber como agir corretamente. A adolescente traz a raiva, a mágoa, a incompreensão e a revolta. A adulta traz os vícios, a injustiça, a solidão. As diversas máscaras também aparecem, preparadas para serem colocadas. E a humano do presente refugia-se em si própria.
"Aceitar a nossa insegurança absoluta é a única maneira de permanecer seguro. Aprenda a relaxar com a insegurança aparente. Comece a reconhecer o poder imutável em cada mudança, em cada nova e diferente situação. Nesta aceitação agradável, você encontra a segurança imutável."