Hurt and Hurting
A cair aos trambolhões por buracos. Arranhões, feridas, sangue. O fundo, de pedra, fria e frágil, mas que não o era, apenas uma plataforma. Esta, que também desabou e partiu-se em pedaços e provocando outra queda livre.
Consciente, mas ignorante dos sinais. Teimosia, orgulho, apatia. Desequilibro. Sem conseguir respirar no caos dos dias. Coração nas boca, mas trancado. Corpo que prega pela tempestade interior.
Diálogos que morreram antes de verem a luz do dia. O berço, da criança, da adolescente, da adulta, do eu interior, que é empurrado e silenciado. A chave que é arremessada à imensidão do oceano tempestuoso.
Ser humano?! Entre a mania, o silêncio, a preserverância. Agarrar as pequenas migalhas da claridade e fracassar no lúgubre dos dias.
Segurar as rédeas entre as ondas do vasto oceano, ficar à deriva perante a inquietação e instabilidade das águas.
Gatilhos. Muralhas que calam emoções e estragam ligações. Medos que ecoam pelos cantos sombrios, ações que ficam paralisadas e em constante remoer interno, vozes que se expressam para dentro e esquecidas nos cantos.