Jornadas da vida
Deitada na cama, a olhar para o tecto. Vazia, cansada, drenada. O tempo vai passando e o corpo vai cedendo, os olhos pesados começam a fechar. Mas a mente, essa não para e traz pensamentos intrusivos.
De ser apanhada de surpresa, as emoções virarem o interior do avesso. Seguido pelo aceitamento, mas também a raiva e a injustiça. Semanas longas, que parecem não ter um fim ou existem dias estranhos. Sentimentos que voam com o vento. Felicidade que virou um peso. Opiniões e tanta confusão interna, a calar os medos e inseguranças e olhar para as lições que estão a surgir.
Esperar pelo fim-de-semana e viver para ele, intensamente.
Semanas e dias onde é possível seguir com a rotina, outros em que é difícil, salto passos e a procrastinação ganha. No entanto, só tenho que estar orgulhosa de mim, por estar a fazer o melhor que posso e a procurar ajuda para a minha saúde. Desde o acidente das escadas, que todas as semanas tenho alguma consulta e os dias ainda ficam mais compridos e são espirais emocionais a serem libertadas pelo corpo.
O corpo que tanto tem a dizer. Agora é ouvido, é sentido, é apreciado, é cuidado.