parada
Apática, estática. A ver o mundo correr à frente dos olhos, esticar o braço e tentar agarrá-lo com a mão mas é só vazio.
Enrolada na atmosfera dos outros, sem saber como lidar. Existindo na rotina sem progressos, lutando para sair dela e agir para com os objectivos e responsabilidades constantemente adiadas.
A desejar por uma saída, mas parada numa encruzilhada, sem saber que caminho tomar. Apesar de saber a direcção que tem que seguir...
Lutar contra aquele mundo a deslizar, obrigar o seu corpo estático a mexer. Sair daquela empatia certeira, fazer-se viver e permitir-se sentir.
Naquele milésimo de segundo reagir e fazer a perna mexer-se em frente, o corpo aproveitar o balanço e dar uns passos em frente. Lutar para não estar continuamente apática e ficar naquela bolha, fura-lá e conseguir passa-lá.
Isolada, a lutar contra a sua existência.