se estou bem? não
Estagnei no tempo.
Deixo os dias passar, a saborear o momento. Deixar o meu corpo e alma envolverem-se na gratidão da vida que tenho neste momento. De ter o que sempre quis.
Com um pé pronto a dar o passo para o desconhecido, enquanto o resto do corpo esta confortável no conhecido.
Não estou preparada, tem sido devagar para assimilar mas o tempo voa e as respostas tardam. Muitos acontecimentos que acabam por não me deixar, a própria mente criou um sistema que me impede de pensar demasiado.
Mas tem sido uma guerra interna. Uma espera que aniquila a minha mente e corpo. Meia perdida da rotina. Desligada do mundo, com a necessidade de estar comigo própria. Para digerir as emoções e sentimentos, resolver conflitos internos que têm vindo ao de cima, realizações da realidade e a forma brusca que isso me têm afetado.
É verdade que guardo muito para mim, é assim a personalidade, o meu coração mole põe um sorriso na minha cara e fica lá para quem precisar. Quando isso não acontece e tenho a necessidade de recarregar, surge uma transparência que é mal interpretada. Egoísmo, ego, isolamento?! Dedos apontados, julgamentos que surgem tão facilmente, mas onde reside a vontade de perguntar as razões, os porquês.
Tento aguentar muito por mim própria, mas sei os meus limites, como funcionam estas fases mais negras. Há trabalhos que mais ninguém pode fazer por nós próprios. A lidar comigo própria a um nível mais profundo. Estou a aprender a ouvir a minha intuição, a lidar com mudança do meu mindset e a ajustar-me, a tomar consciência da vastidão e longo caminho que ainda tenho à minha frente. Ferramentas que se vão aprendendo, peças de um puzzle que se vão encaixando, momentos que são necessários. Esta introspeção ainda é um terreno pouco apalpado por mim, há mudança, há consciencialização, uma tendência para nos desligarmos da realidade (especialmente eu que necessito que me chamem à terra de tempos à tempos).
E isto sem contar com os desafios que se avizinham. Daí esta necessidade de me centralizar, de me ouvir, de me deixar estar, de parar e assimilar toda as ferramentas e aprendizagens dadas. Preciso disto, no campo do corpo, da mente, do espiritual.
Porque não é só dias bons. Não é só estar presente e acabarmos a negligenciarmo-nos. Não é um mar de rosas. Não é termos a mania de estar sempre a puxar pelo nosso limite quando existe a necessidade de parar. E eu paro, mesmo que me ponha neste estado de estagnação, mas é aí que encontro as minha respostas.
Cada um têm os seus demónios. Há dias esgotantes, onde falta energia para tudo.
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