sem internet e o tempo que foge dos dedos
É complicado saber por onde começar... Tem sido provas de fogo, testes à paciência, resoluções no momento, chorar e voltar a levantar. Sem descanso, sem tempo de qualidade para me reconectar, sem saber porque que ponta puxar.
O plano que estava idealizado não era o que viria a ser, aliás muito longe disso! Um enorme palavrão do universo que estava na altura de não ser mais à minha maneira, mas a dele e as lições vieram em formas duras e cruéis.
O início do mês de outubro foi em modo empacotar uma casa em pouco mais de quinze dias, aproveitar o tempo para me ir despedindo da cidade que me acolheu durante anos, de estar com quem iria sentir saudades. De volta a terras belgas, com ele. Na esperança enganosa de ir ser calmo, quando se revelou um caminho sempre a tropeçar. Duas semanas entre procura de casa, polícia, burocracia, compras, inúmeras viagens.
Ainda estou a fazer as pazes com toda a situação de ter sido vítima de scam e todas as questões de dinheiro, intuição, pedir ajuda que trouxe para a minha pessoa. Recomeçar com o que se têm, tal e qual como quando cheguei a primeira vez à bélgica.
Este mês começou com mudanças, perdi conta as viagens de ida e volta, horas e horas no ikea, action e sites, e perceber se era possível ou não comprar. Ambientes novos. Rotina mais longa. Viagens que dá para colocar o mais rápido em dia. Tenho um teto, algo semelhante ao que gostava, que aos poucos posso tornar confortável. Tenho um abraço quando necessário. Apesar de toda a turbulência, a ansiedade tem estado estável (sempre com os seus picos, mas algo que se tornou suportável). Estou a digerir todos os acontecimentos, situações e ambientes novos. Descanso é tudo menos a palavra do dia. A visão ao final do túnel é um dia sem nada planeado e ficar a marinar no sabor do dia.
Estou a tentar não ser materialista e não ficar a bater na mesma tecla, em relação às minhas cartas de tarot terem ficado todas molhadas e os baralhos estarem destruídos.
O meu temperamento que esta constatemente a borbulhar. Assimilar que um ciclo chegou ao fim, e a estrada para continuar era diferente.
Balançar tudo...