O que me faz sentir que estou viva, é intensidade 💥

E é na dança que o meu ser se abstrai e vibra para cada movimento. Especialmente sabendo que vai existir um objectivo final que é espetáculos! 

Raqs Sharqui, mais conhecido por bellydance. Este ano aconteceram dois espetáculos! O usual Leylet Raqs focado apenas numa modalidade e cheia de atuais de ritmos orientais. E o JUMP! com a escola de dança e os diversos estilo no teatro da cidade, que é lindo!

É tão difícil colocar em palavras a alegria&adrenalina que enchem o coração, pisar um palco e viver cada segundo, dançar com alma (mesmo que o cérebro esteja a gritar para não se perder na coreografia). Todo o esforço (que foi à última, em especial no segundo espetáculo porque ou estive doente ou estava a recuperar de lesões) vale a pena porque é também a conexão criada e o espírito que se sente. 

A felicidade é poderosa.

A gratidão esta presa às memórias. 

O sorriso é genuíno  

Desde criança que dança do ventre fascina-me. Influência das músicas shakira, as feiras de verão onde os cintos e bijutaria, e começar a estudar e aprender por mim própria. As músicas e melodias sempre me atraíram, os costumes faziam-me sonhar. E esse sonho continuou por anos, e nunca esquecido. 

2022 foi o ano em que comecei a ter aulas de dança do ventre, após alguns meses tive a minha primeira atuação em grupo. E após essas emoções serem assimilados, prometi a mim mesma que me iria desafiar e ter o meu próprio acto. Um enorme nervosismo, sempre com a indecisão e em segundos de coragem disse que queria. 

Cada segundo esta gravado no corpo, a intensidade é indescritível, tudo à flor da pele. Não só uma actuação, mas três, sem contar com a inicial e final. De ter a minha solo performance, passar para folclore egípcio (uma dança de casamentos) e seguir para a atuação com fan veils com o nível 2 de aprendizagem.

Amei! Estava tão nervosa, mas o meu corpo estava treinado para cada coreografia, mesmo que os medos falassem mais alto. O ambiente de apoio, as emoções, outros artistas com as suas experiências. Uma plateia de mais de 100 pessoas.

A primeira vez que vi o vídeo, o síndrome do impostor falou e só vi as falhas, os pequenos pormenores que levam tempo e uma contínua aprendizagem. E quando coloquei essa voz de parte, a emoção de ver a minha felicidade e o meu sonho de criança a ser vivido.

Estou orgulhosa de mim própria, e feliz por sentir, viver e ver aquele brilho nos olhos que é o espelho da alma.

No desconforto dos dia, o que me foi trazendo um propósito e um sorriso, para suportar as longas e penosas semanas: dança do ventre! 

Desde que me lembro que sou apaixonada! Os movimentos, as expressões, a graciosidade. Crescer numa cidade pequena, longe das capitais onde haviam lições. Nos tempos da universidade tive 2 semestres onde foi possível contactar com alguém e deu umas luzes sobre o básico. Mas longe do treino ou indicação que era realmente necessária. O bichinho sempre ficou, uma ou utra vez voltar a ver os vídeos e tentar fazer alguns treinos mas com completa noção que não estava a fazer o correcto.

Até este ano finalmente ter aparecido a oportunidade e ter tomado a coragem para ter aulas e aprender com alguém experiente e com a alma para ensinar. Com isto digo já que a Badriyah é uma pessoa com uma energia e talento incríveis! As segundas era o dia que mais ansiava, no final a adrenalina era imensa e a libertação total. Foi um semestre que me rendeu e re-acendou a paixão e que no final foi também a salvação para mexer o corpo.

Para nível 1 não foi nada mal, em menos de 6 meses aprender técnica e uma coreografia, mesmo tendo faltado a algumas aulas pelo meio por causa da queda. O meu lado perfecionista quem falar mais alto ao ver os vídeos, porque a falta de confiança esta presente mas estou feliz por tudo!

Até daqui a um ano babygirl!