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because your smile make me live ♥

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29
Abr23

o outro lado

alma de bii yue

Períodos com as águas calmas e límpidas. Mas depois vem pequenas gotas de chuva que alteram essa tranquilidade. Uma gota que traz círculos. No entanto, não é só uma mas várias. Ondulações que já não param

Turvo. Um rumo que não é claro. Uma colisão de titãs. Destruição de mãos dadas com a leveza do amor. 

Viver na parte excêntrica traz a adrenalina e a satisfação do momento, mas também traz emaranhado desafios de lidar com a mente e corpo. A liberdade, pertencentimento, compreensão rapidamente podem tornar-se numa esfera que rola sem parar. Navegar entre os diferentes mundos pode tornar-se numa anarquia. Com erros aprende-se e amadurece-se. Em busca do balanço que nunca é equilibrado. Da segurança e liberdade, que escapam do controlo. 

A mente mente, o corpo sente e ressente, o cérebro vive pelas descargas hormonais, o coração fica a saltitar entre os momentos. E a comunicação é sempre a chave.

29
Dez22

coração pequeno de 2023

alma de bii yue

"estar em casa", mas já deixar de ser o lar há alguns anos. O corpo a queixar-se por dores de todo o trauma que vêm ao de cima, a adolescente e criança incompreendidas gritam epedem colo. O psicológico numa guerra entre perceber os cenários e ter presente que não é o meu lugar de curar. 

Tanta toxicidade, um ambiente carregado de vitismismo, onde a voz elevada e gritos é o que perdura. Não é de admirar todos os traumas, a ansiedade alerta, os comportamentos internos e externos. A sensibilidade dos animais e o seu comportamento.

Uma das grandes aprendizagens deste ano foi levantar-me, fazer frente, ter a coragem de colocar limites e terminar o que não é mais saudável. Tanta mudança, tanto confronto. Coragem necessária.

Oh quanta dor existe, quanto peso se leva nos ombros, quanto o coração esta encolhido com ansiedade.

09
Dez22

tentativa de gritar

alma de bii yue

a navegar por fios de confusão e cansaço. pegar nas pontas soltas ao peito e fazer um esforço para as não deixar cair. colocar um sorriso e uma capa, só que esta escorrega e nesses momentos as rachas são visíveis. 

a gastar toda a energia a tentar pemanecer ao de cima, respirar mas deixar afundar lentamente. as lágrimas aparecem e querem cair, mas nas alturas menos oportunas e assim são engolidas para dentro. 

08
Jan22

covid: o elefante na sala sobre saúde mental

alma de bii yue

Falar do vírus é assunto que dá para mangas... Veio, ficou, e irá ficar. De mansinho até que fez rebentar a bomba e pôs  o mundo em confinamento. Máscaras e gel à toda a hora. Contacto limitado. O medo a ser ligado a palavras e emergir e ficar à superfície. Mas é incrível como em tempo recorde foram elaboradas vacinas, contra o 3, 5 a 10 anos, (os testes em células, animais e depois humanos). Tem o seu senão, todos os seus efeitos secundários porque para isso seria necessário muitos mais anos de estudo. De todas as limitações, a mudança de comportamento a nível pessoal e social, o elefante na sala da saúde mental continua a existir

Qual é o impacto? Silencioso e profundo

Não tive a possibilidade de voltar à portugal, fui obrigada a ficar em confinamento na bélgica. Um país onde só estava há 2 meses, numa casa que dava para viver mas de pouco fornecia conforto, tinha um estágio que me permitia ter dinheiro, mas estava entre projectos e sem estar no laboratório não tinha muito trabalho. Consegui manter uma rotina, felizmente. Apanhar sol da manhã a ler ou a escrever ou a colocar aulas de cursos em dia. Yoga e pilates para manter o corpo são e uma tentativa para a mente. Ao final do dia entregava-me ao netflix, a mim mesma, aos pensamentos de que tinha passado mais um dia. A escrita e a fotografia foram os meus escapes e as minhas salvações. Sempre que ia às compras, dava uma volta pelo parque para sentir o mundo fora de quatro paredes. Sou grata por tudo isto, tinha o que tinha e fiz o melhor que pude com isso

Aquele sentimento de tristeza, desespero, saudade que faz doer o coração, choro, solidão, frustração, raiva, impotente, estar sozinha. Houve dias maus, ligava a chorar com o pânico a tomar conta de mim (mas sem ainda saber o que era esta sensação de medo e mal-estar), a ansiedade vinha ao final da tarde e ficava pela noite. O corpo físico estava a sofrer com ter parado de ter tomado a pílula por mais de 10 anos, com a pobre alimentação que fazia, a ansiedade constante. Aguentou-se...até o confinamento ter acabado. Voltei ao trabalho, a ter vida social e tudo estava bem durante o dia. Ao contrário da noite. onde a ansiedade virava ataques de pânico, ir sair gerava ansiedade social mesmo sendo com as pessoas que passei a chamar de família e sabia que estava segura até ter que ir para casa e estar sozinha comigo e com os medos que foram crescendo durante quase 3 meses fechada no quarto. Escalou para ataques de pânico semanais, dores de estômago constantes, estar a viver com ansiedade 24 horas por dia. Foi difícil estar fechada, mas foi ainda mais ter que voltar a estar em sociedade e novamente sozinha. 

Procurei ajuda e ajudou. Houve ensinamentos, levantou-se as primeiras camadas de descobrimento pessoal mais profundo. A liberdade foi dada e tirada, e com isso veio a adaptação. Só que em tempos de regras ficava-se por casa, já não fechada no quarto mas aquela ansiedade de memórias estava presente, o corpo gravou o que sentiu. Não era só a depressão sazonal. Vieram as vacinas, a 1º dose que foi suportável, a 2º dose que veio arrasar com o sistema imunitário fraca que já estava na altura. 

No sofá, a recuperar da 3º dose que me trouxe uma dor de cabeça que não passa com medicação e só alivia ligeiramente com a pomada tiger, que me impede de estar confortável ou descansar, com febre que vai e vêm, e um mau estar enorme. É como estar com o tpm ou menstruada mas num nível acima, uma mulher aguenta, mas não nesta dimensão.

Adaptei-me, continuei em frente e esta realidade é o presente que pode durar anos. O meu corpo carrega o peso do trauma e a mente trouxe todas a história. A minha saúde mental sofreu e continua a sofrer. Não foi fácil e agora vejo o quão fragilizada estive. Passei a viver com a ansiedade e ataques de pânico constantes, aprendi a identificá-los e a controlar alguns. Não todos, que continuam a ser momentos pesados e difíceis. Tenho que ter cuidados com a alimentação e ter incorporado ayuerveda foi o que ajudou a não ter desenvolvido problemas. Grandes multidões e espaços pequenos trazem o pânico ao meu corpo e mente. 

Tenho perfeita noção que ainda estou na ponta do iceberg, existem triggers que ainda não reconheço ou entendo que provocam os ataques de ansiedade/pânico, e todo este impacto que o elefante teve na saúde mental veio estimular. E toda esta assimilação é esmagadora! 

IMG_20220107_145558.jpg

17
Set21

vamos falar dos últimos tempos

alma de bii yue

Vamos aqui falar cara à cara, com mistura de tudo ao molho e respirar para não pirar

Começando ter ido parar ao hospital, há umas boas e boas semanas atrás, por ter apanhado uma gastroenterite que acordei e ainda hoje não sei como tive energia para descer as escadas todas da casa, ter-me enfiado num tram e ainda ter caminho uns bons 5 minutos para chegar ao hospital. Coisa engraçada, eram 7:30h da manhã, só tinha uma pessoa à frente e também era português. Só tenho coisas a louvar do atendimento em bruxelas, por só falar em inglês passaram-me para a equipa jovem, a preocupação das enfermeiras, ter um quarto só para mim, a quantidade de análises. Ao fim de umas quase 5 horas a olhar para o tecto, a sentir-me razoavelmente melhor (pelo menos mais hidratada), voltei a entrar no tram, subir a rua para ir ao hospital e o inferno de subir as escadas para o sótão. Assim que o meu corpo sentiu o conforto da cama descansou para a péssima noite e manhã. O dia seguinte ainda de cama, rodeada de água, chá, netflix e peluches para ajudar à solidão de se estar doente. Umas 2-3 semanas depois vem a 2º dose da vacina. Nem foi preciso chegar a 2 horas após para começar a fazer febre que ia desde um corpo a suar e a borbulhar e em segundos tornava-se num icebergue a derreter. O braço dorido nada era comparado as constantes subidas e descidas de temperatura durante um fim-de-semana inteiro

Estou grata por ter tomado a vacina, especialmente pela rapidez e efeitos secundários já era mais do que expectável para o pouco tempo de pesquisa. O que é frustrante é a desregulação hormonal que veio causar (quando estava a começar a equilibrar devido aos anos de pílula com acupuntura e ayurveda), o primeiro mês após nem chegou a 24 dias, o segundo mês passou os 34 dias, com tpm que só me relembrava os tempos de quando as hormonas artificiais da pílula brincavam com o corpo. E continua, o que causa revolta porque equilibrar o sistema hormonal é o que demora mais tempo e exige despesas para ajudar o corpo a ter uma ajuda a fazer o detox e acelerar todo o processo. 

Retorno de saturno aos 30 anos e a sua sombra que já cá anda a pairar desde inícios dos 26 anos. Não dá para fugir, é aguentar, suspirar e andar. Mas só tenho a dizer: *gritar interno*. Sabe-se bem a revolução que foi este ano, para além de ter sido o primeiro de um ciclo de 9 anos, a cada esquina havia uma surpresa. Apenas a começar. Retirar os pontos mais altos, já que enfrentar sombras é o prato do dia. Com treino, cobaias, ter tempo para concluir os pormenores que faltavam de cursos e pesquisas, apresentar-me ao oficialmente ao mundo, visto que era isso que faltava. Auto-promoção aqui! Agora é dar corda aos dedos e colocar por escrito, puxar pela imaginação e criar ainda mais conteúdo.

Mudanças, mudanças e mais mudanças. O meu lado que ama organização esta pleno, o problema é quando a ansiedade fala mais alto e quer dar um passo maior que a perna. E o que era a organização mental de tetris passa a remexer inúmeras vezes, ficar sentada no chão a olhar para o caos à volta e desesperar por uns minutos e voltar a repetir tudo outra vez. 

Ter o bom sol do nosso país, ir passar férias à mágica zambujeira do mar, aproveitar o tempo a sós e aprender a estar no sossego com o desassossego da mente, sair do conforto e ir porque o ritmo esta acelerada e tudo certo com os tempos. 

Sicronicidades! Quando dá aquele clique e wow, é sem palavras. Ver uma águia no céu a flutuar na sua liberdade. A liberdade de passar uma manhã a seguir a uma noite de tempestade na praia. O "silêncio" do oceano, o chamado da natureza e mergulhar nessa calma feroz, a luminosidade tímida e forte do sol entre nuvens a provocar a ilusão de um azul marinho claro do mar que se perde no castanho-bege da areia que é revestido por as conchas de diversos tamanhos, formas e cores.

Voltei a ler e o hábito esta a pegar e como sabe tão bem esta realização! Em menos de 1 hora li o livro "Terra Azul" da Célia. Uma história que agarra o leitor, porque a aventura esta sempre ali ao virar da esquina e com descrições que nos levam para aqueles ambientes serenos e de poder. Com um final que ensina a respeitar mas também a não desistir se é o que o nosso instinto diz. 

17
Nov20

Lembra-te

alma de bii yue

Esta tudo bem, tens o meu ombro para te confortar. Chora o que tens a libertar, grita o que tens juntado de frustração. Deixa-te cair e agarra-te a mim. Estas segura em ti própria. 

Dias menos bons acontecem, onde nada parece funcionar, onde as emoções se atropelam umas às outras. Por mais que erros sejam apontados, não oiças as vozes. Deixa as amarras soltas, mantém-te firme. O teu valor é valorizado, tu própria sabes, lá no fundo. 

Cada um tem o seu tempo, cada um enfrenta à sua maneira. Respira, estas a lidar da melhor maneira que te é possível no momento. Estas presente, estas a dar a tua visão, estas a dar o teu suporte, estar a dar o amor que recebeste.

Sente intensamente, mas deixa ir quando amainar. Abraça-te, coloca-te o mais confortável possível contigo mesma. Hoje, fizeste o melhor que te foi possível. Amanhã, é um novo dia.

10
Nov19

se estou bem? não

alma de bii yue

Estagnei no tempo.

Deixo os dias passar, a saborear o momento. Deixar o meu corpo e alma envolverem-se na gratidão da vida que tenho neste momento. De ter o que sempre quis.

Com um pé pronto a dar o passo para o desconhecido, enquanto o resto do corpo esta confortável no conhecido.

Não estou preparada, tem sido devagar para assimilar mas o tempo voa e as respostas tardam. Muitos acontecimentos que acabam por não me deixar, a própria mente criou um sistema que me impede de pensar demasiado.

Mas tem sido uma guerra interna. Uma espera que aniquila a minha mente e corpo. Meia perdida da rotina. Desligada do mundo, com a necessidade de estar comigo própria. Para digerir as emoções e sentimentos, resolver conflitos internos que têm vindo ao de cima, realizações da realidade e a forma brusca que isso me têm afetado. 

É verdade que guardo muito para mim, é assim a personalidade, o meu coração mole põe um sorriso na minha cara e fica lá para quem precisar. Quando isso não acontece e tenho a necessidade de recarregar, surge uma transparência que é mal interpretada. Egoísmo, ego, isolamento?! Dedos apontados, julgamentos que surgem tão facilmente, mas onde reside a vontade de perguntar as razões, os porquês.

Tento aguentar muito por mim própria, mas sei os meus limites, como funcionam estas fases mais negras. Há trabalhos que mais ninguém pode fazer por nós próprios. A lidar comigo própria a um nível mais profundo. Estou a aprender a ouvir a minha intuição, a lidar com mudança do meu mindset e a ajustar-me, a tomar consciência da vastidão e longo caminho que ainda tenho à minha frente. Ferramentas que se vão aprendendo, peças de um puzzle que se vão encaixando, momentos que são necessários. Esta introspeção ainda é um terreno pouco apalpado por mim, há mudança, há consciencialização, uma tendência para nos desligarmos da realidade (especialmente eu que necessito que me chamem à terra de tempos à tempos).  

E isto sem contar com os desafios que se avizinham. Daí esta necessidade de me centralizar, de me ouvir, de me deixar estar, de parar e assimilar toda as ferramentas e aprendizagens dadas. Preciso disto, no campo do corpo, da mente, do espiritual.

Porque não é só dias bons. Não é só estar presente e acabarmos a negligenciarmo-nos. Não é um mar de rosas. Não é termos a mania de estar sempre a puxar pelo nosso limite quando existe a necessidade de parar. E eu paro, mesmo que me ponha neste estado de estagnação, mas é aí que encontro as minha respostas

Cada um têm os seus demónios. Há dias esgotantes, onde falta energia para tudo.

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Acompanha-me pelo instagram, é por lá que passo grande parte do meu tempo.

18
Set19

nem sempre é só a boa energia

alma de bii yue

Eu juro que estou super feliz com esta transformação e grata por todos os pequenos encaixes. Acredito que as coisas acontecem por uma razão. As coisas vão-se conseguindo e resolvendo. 

Não esperava por esta enorme chapada, que me faz questionar nestas crenças. Especialmente por ser algo desejado por tanto tempo e que iria trazer uma enorme realização pessoal. Torna-se ainda mais frustrante por ser algo facilmente contornável mas não esta de todo nas minhas mãos, aliás só traz mais falta no campo da saúde em portugal.

É só um desabafo de uma pessoa que esta aos poucos a mudar os hábitos e pensamentos e leva com uma enorme nega em algo que ia ser tão honrável e o seu coração queria tanto. Só me vêm a cabeça o porquê? O que fiz para não poder concretizar um objectivo? 

Sei que não são essas as perguntas que devia estar a fazer, mas sim a tentar procurar mais acima, descobrir os ensinamentos a retirar. Mas isto só me traz medo para outras situações. Nem tudo é um mar de rosas, nem tudo é pensamentos positivos e boas energias. Há dias maus, há dias em que se questiona tudo e até nós mesmos. 

19
Mar19

Qual a minha ambição?

alma de bii yue

Puseram-me esta questão qual era a minha ambição de quando era mais nova. A verdade é que eu nunca pensei ou sequer conseguia imaginar o meu futuro quando fosse crescida, como o sou agora. Apenas tinha em mente que iria fazer tudo para sair de casa assim que tivesse oportunidade! A maior parte da minha adolescência foi agarrada a essa "ambição", só queria que esse momento chegasse e não conseguia imaginar um depois.

Devido a toda a história, essa era a minha ambição (se assim se pode chamar), porque também nunca fui daquelas pessoas que me imaginava já como adulta, ou sonhava com o casamento e coisas desse género. Serei a única? Se calhar não, mas senti-me como uma pessoa que não tinha ambições que valessem a pena. Afinal vivia para quê? Para que futuro? Quais eram as minhas ambições de vida? 

Neste momento da minha vida, gostava de dizer que tenho ambições e se calhar até tenho, mas levo a vida mais por objectivos. Tenho objectivos finais (a chamada ambição?!) , sei que carreira quero seguir, o que fazer para me fazer sentir que estou a viver a vida e não a desperdiçá-la. Sinto que a palavra ambição é demasiado grande para a minha pessoa, porque habituei-me a definir objectivos e viver mais no presente e não a ficar ansiosa pelo futuro

Se sou uma pessoa ambiciosa? Um pouco, gosto de me surpreender a mim própria, gosto de lutar pelos meus objectivos e sentir aquela realização no final. Qual é a minha ambição? Vai ser o clichê de ser feliz e puder chegar a conclusão que apesar dos obstáculos, consegui viver e ter momentos que ficaram gravados na memória (que me fizeram sorrir, que me fizeram sentir liberdade e independência, que me derretem o coração) e me ajudaram a ser a pessoa adulta que sou hoje e irei continuar a ser...

02
Mar19

Negligência médica na saúde feminina

alma de bii yue

Saúde feminina, é um tema que finalmente as mulheres estão a ter coragem para falar e partilhar experiências. No entanto, têm sido a geração mais nova de mulheres e isso faz com que ainda haja muitos profissionais que não levem a sério os problemas e acabe por haver bastante negligência e desprezo pela saúde feminina.

Estou especialmente a falar da pílula contraceptivo e os sintomas associados que supostamente são normais, mas não o são! É óbvio que há efeitos secundários associados a todos os medicamentos, mas não me venham dizer que é normal uma pessoa ter enxaquecas que duram dias e que impedem certas vezes o trabalho regular, que é normal uma pessoa ter cólicas que tenha que se encolher, que é normal haver uma tpm tão acentuado que transforme a pessoa no que ela não é, que é normal uma mulher conformar-se e ter que se calar porque o médico é que têm razão, ... NÃO, NÃO É NORMAL OU SEQUER ACEITÁVEL! Isto interfere com a vida da pessoa, causa marcas psicológicas porque afinal o problema somos nós e não a pílula. Esta totalmente errado, porque esta demonstrado que as pílulas de 1º geração eram as melhores e raramente causavam efeitos secundários. Com a evolução da medicina, foram surgindo novas gerações de pílulas e os seu genéricos, mas com isso também trouxe efeitos secundários que é suposto uma mulher aceitar quando causa mau-estar. Não é suposto uma mulher viver reprimida, ser acusada que são só as hormonas e não tarda passa, quando a cada mês que passa só agrava. 

Felizmente é um tema a ser cada vez mais falado, porque muitas e muitas mulheres sofrem com os efeitos secundários da pílula e a enorme influência que tem na pessoa e no dia-a-dia. Há cada vez mais experiências similares e começa a haver uma sensibilização para a saúde feminina. No entanto, os profissionais de saúde do sexo feminino e masculino não estão a acompanhar essa mudança e há inúmeros casos de negligência, sendo o meu um deles. 

 

Já tomo a pílula deste os meus 12-13 anos, comecei com a Diane 35 para tratar de vários problemas e dava-me bastante bem com essa. Passados uns 6 anos, numa consulta a minha médica de família, que continua a ser a actual, decidiu mudar-me e a partir daí começou o ciclo vicioso dos efeitos secundários. Enxaquecas, cólicas, inchaço, retenção de líquidos, tpm extremamente agressivos. Ao fim de 1 ano e meio era obrigada a experimentar uma nova pílula, porque já não aguentava o que sofria. Durante os 3 meses de o corpo de habituar estava minimamente bem, até voltar ao mesmo. Há um ano decidi ir a uma ginecologista, a pensar que desta vez ela iria entender-me e ajudar-me porque era o profissional mais indicado. Não me entendeu, fui gozada e negligenciada! Perguntou-me se a pílula tinha deixado de fazer efeito porque tinha engravidado, eu disse óbvio que não, mas as minhas cólicas e enxaquecas eram agressivas e o tpm transformava-me numa pessoa que não era, porque era sempre chamada a atenção pelo meu namorado. Essa profissional pouco lhe faltou rir-se na minha cara ao dizer isto e eu fiquei a pensar em como é possível uma profissional ignorar as dores de um paciente, especialmente sendo mulher e de certeza passar pelo mesmo. Mudou-me a pílula com bastante má cara, mas ao menos tinha conseguido o que queria. Só que mais uma vez ao fim de meio ano, estou novamente no mesmo ciclo vicioso. Fui expor o caso à minha médica de família, mas mais uma vez não importa o que diga ou o que sinta, que provavelmente o meu corpo precisa de algo mais forte ou de outra geração para não sentir tanto os efeitos secundários. Porque os profissionais de saúde é que sabem, porque são eles que estão no nosso corpo a sentir as dores, angústias e mau-estar, porque são eles que decidem negligenciar a saúde humana, especialmente nas mulheres mais novas

 

A saúde feminina é desprezada! Somos mulheres, somos humanos, temos direito a que os profissionais nos ouçam verdadeiramente e que façam os possíveis para nos ajudar. Não sermos negligenciadas e rebaixadas pelo nosso género, temos direitos a ser ouvidos.

Time Flys Away ☽ ☾

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biiyue
uso as palavras e imagens para me expressar. a jornada de desenvolvimento e cura pessoal é a luta e motivação para descobrir do que mais sou capaz.
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