bater com a cabeça nas paredes
"Posso desistir?", é a pergunta que mais tem pairado na minha mente.
Se ao início (apesar dos atrasos, represálias constantes, ser a aluna deixada andar e com menos importância) até estava a gostar do meu trabalho laboratorial de tese por ser algo fácil e bastante rotineiro, neste momento estou completamente desmotivada e é um sofrimento e peso emocional ter que o fazer. Isto porque lembro-me que logo a seguir vêm 2 horas ou mais a tratar de dados, a tentar não cair na ansiedade de nada encaixar na reta de calibração (que supostamente não esta perfeita, ao fim de quase 2 meses a repetir sempre o mesmo e eliminar inúmeros dados!) , a tentar não mandar tudo ao ar e ir para um canto forçar-me a chorar e ceder.
É um breakdown e ainda nem sequer comecei a escrever e sentir a pressão de estar a semanas de ter que entregar a versão final. Ainda nem estou com matrizes reais e já é um terror abrir o ficheiro com todos os dados e não me perder no meio de tantos números. Como vou sobreviver? Como encaro a cara do meu orientador quando lhe mostrar estes dados? Como justifico os possíveis erros para os quais ainda mal tive tempo, paciência e motivação para pesquisar? Como explicar senão faz sentido para mim? Como não me sentir ainda mais inferiorizada, burra e acabar por lhes dar mais razões para tudo o que já se passou?
Acontece a todos e não estou a saber lidar da melhor maneira. As noites de poucas horas de sono, esta rotina que me esgota, o stress e pressão a começarem a fazer-se sentir, os sentimentos de estar a falhar comigo mesma em prol de querer aproveitar estar um pouco mais da boa vida que ainda tenho, da completa falta de motivação que vai e vem e salta de assunto em assunto, de querer chegar a todo lado e a todos mas algo fica perdido pelo meio,