o nosso espaço
Íamos ter o nosso espaço, uma casa só nossa.
Assim que assinamos contrato, comecei a tratar das coisas porque não tínhamos mobília e a nossa intenção era no dia que mudássemos já ter pelo menos uma cama e aos poucos íamos comprando o resto (mesa e cadeiras, mesas de cabeceira, micro ondas, sofá). Felizmente havia já algumas coisas que nós tínhamos (mini-forno, utensílios de cozinha, televisão e mesa de apoio) e a casa já vinha com frigorífico e forno incorporado.
Eu tinha noção que as coisas eram caras, mas olhar para os preços foi um chapada de realidade e de como a vida adulta é dispendiosa. Foi um pouco stressante, mas tenho que admitir que adorei a roda viva de ver coisas novas e imaginar como poderia por os espaços e dar toque pessoal. Especialmente à visita ao IKEA, aquilo é um mundo e sentia-me uma criança num quarto cheio de possibilidades. Só quero lá voltar, apesar que as viagens até lá são um aperto no coração e vou completamente agarrada ao volante (conduzir no porto é demasiado stressante e perigos a cada olhar).
Neste momento a casa esta com um estilo minimalista e até gosto bastante, especialmente o quarto em tons de azul marinho que ao acordar de manhã com os raios de sol a bater, dá uma sensação incrível. Temos o necessário para viver que é o mais importante. Gostava de ter um espaço mais acolhedor, mas há que ir com calma, o dinheiro não estica e com o meu futuro tão incerto não sei até quando ficaremos por aqui, por isso quanto menos tralha trouxer, menos tralha tenho que depois levar.
Nos primeiros dias senti imensa diferença não estar no centro da cidade e ter que usar o carro para todo o lado, mas agora habituei-me e é como se fosse a minha antiga vida mas com imensos melhoramentos! E não há nada melhor que ter um espaço exclusivamente para nós, diferentes divisões e cada um ter o seu espaço.