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29
Jul19

o prazer de saber que (tentaste) fazer a diferença

alma de bii yue

Desde há 2 anos atrás que tenho feito os programas de voluntariado disponibilizados pelos IPDJ, onde tenho trabalhado sobretudo com crianças, a abordar os temas "Navegas em Segurança" e "Namorar com Fairplay".

Só que este ano foi diferente e posso dizer que transformacional.

Continuei a apresentar o "Navegas em Segurança" à crianças, mas desta vez ainda mais pequenas do que as que estava habituada. E é assutador o que elas observam e captam de ações dos pais, especialmente a maneira como depois contam certas situações. A minha geração (a dos anos 90), não crescemos com tecnologia mas acabamos por a apanhar ao longo ou final da nossa adolescência, e agora é algo com que já não podemos passar sem. E os mais pequenos sentem e são afetados por isso, ouvi comentários de "leva o telemóvel para todo o lado, até para a sanita", "já apanhou multas por estar a conduzir com o telemóvel", "esta sempre a escrever mensagens e a falar ao telemóvel". São hábitos inerentes mas não são saudáveis, porque que exemplo estamos a dar a geração que esta a vir? E infelizmente, com isto vem as histórias dos jogos que podem levar à morte, as chantagens e roubo de dados, que assustam as crianças mas ao mesmo tempo passam ao lado porque estão tão fascinados com este mundo tecnologico e vêem-nos a usá-lo a toda a hora, que querem imitar-nos... Aqueles comentários da inúmeras vozinhas fez-me perceber que a tecnologia é algo tão natural e estamos tão absorvidos que acaba por ser absurdo. Temos palas que não nos deixam entender a mensagem errada que estamos a transmitir, os momentos que estamos a deixar passar.

O "Namorar com Fairplay" este ano foi juntamente com outra voluntária na escola profissional de aveiro, por isso o público alvo já eram adolescentes e com faixas etárias variadas. Foi um autêntico desafio! Primeiro porque os temas abordados numa primeira fase foi a igualdade de gênero e o quanto o machismo esta enraizado e numa segunda fase a violência no namoro e doméstica e no final produzir-se conteúdo. Houve um pouco de tudo, turmas que apresentaram um maior desafio porque ou eram mais irrequietas e uma mentalidade ainda infantil ou tinham aquela mentalidade enraizada que "é normal", outras que até foi algo bastante natural e flui bastante pelo que deu para partilhar experiências e debates saudáveis. No último mês estivemos a trabalhar com idades superiores as 16 anos, pelo que a mentalidade e experiência já são outras, e o nosso discurso também já estava muito mais treinado e iamos logo diretas ao ponto da questão. Tenho que também saliantar que a equipa da escola é excelente e a maneira como eles ensinam é algo revolucionário que devia ser implantado em outros locais. 

Tenho que admitir que falar sobre os temas começaram a mexer comigo (há tantas histórias que não são contadas, que deveriam para as pessoas terem noção de como é verdadeiramente a realidade), o quanto a sociedade esta errada e que há muita coisa que "é normal e bla, bla, bla" e pelo que uma mulher passa todos os dias e continua calada quando é necessário que se fale e sejam feitas denúncias para que se tome consciência de que é preciso tomar medidas. Houve uma turma que me fez tomar consciência que durante este último ano consegui(mos) fazer a diferença, que as palavras foram ouvidas e interiorizadas. Estavamos a falar ao mesmo nível que eles, e eles a olhar e focados em nós, como que a comer cada palavra que era dita, simplesmente não tem descrição o sentimento de realização, gratificação e satisfação. Foi nesse momento que soube que consegui fazer a diferença e impactar a vida de algumas pessoas. 

03
Jun18

Violência no namoro, quando isso te acontece na vida real

alma de bii yue

A IPDJ têm algumas campanhas de sensibilização para crianças, jovens e adultos.

No ano passado fui voluntária na campanha "Navegas em segurança", basicamente envolvia ir a escolas falar sobre o tema de como estar seguro na internet, os problemas e perigos associados, alertar os participantes que apesar de ser bastante divertido, útil e que torna tudo mais fácil, também existe um lado menos bom. Tanto os panfletos e os power points foram facilitados pelo IPDJ, eu apenas os modifiquei um pouco os power point porque a minha opinião tornava-se mais fácil o discurso.

Este ano fui voluntária na campanha "Namorar com Fairplay", um projecto mais elaborado. Assemelha-se ao de cima, ir a escolas falar sobre o tema. Trabalhei com mais três pessoas, onde preparamos panfletos e construímos power points de raiz. Trabalhamos com duas turmas por duas sessões, onde expunhamos o tema o que era a violência no namoro, os vários tipos e violência, física, psicológica, emocional, ..., as consequências que adevinham para as vitimas, o que é possível fazer para prevenir, e posteriormente eles tentavam explicar o que para eles era namorar com fairplay através de jogos. Fui a turmas de 7º e 8º ano, eles têm uma certa noção e levaram a sério, felizmente. Provavelmente já se esqueceram de tudo, mas gosto de pensar que se alguma situação lhes aparecer à frente, vão ser capazes de reconhecer, antes de ser "tarde demais". Basicamente, tentasse pegar num assunto bastante importante nos dias de hoje, e transformá-lo num assunto mais simples de falar e lidar

As pessoas têm noção do que é a violência física e são capazes de agir contra isso, porém quando se passa para violência psicológica ou emocional, não é tão simples. A vítima convence-se que irá passar, que é só uma fase menos boa, que gosta imenso da pessoa e se tentar falar com essa e pôr-lhe limites, tudo se irá resolver, e por aí adiante. Porém na realidade não é assim tão preto e branco. Há pessoas que não mudam, apenas há periodos de sossego e conforto enganoso. É extremamente dificil uma vitima conseguir ter a coragem de falar, é uma relação, é intimo, é suposto ser uma experiência boa, envolta em amor e crescimento mútuo, só que também é preciso haver respeito, limites que cada pessoa têm direito e dever a ter a sua própria vida. Vou ser o cliche de dizer, que há pessoas que estão disposta a ajudar, porque apesar de essas pessoas pensarem que estão completamente sozinhas, não é sequer perto da verdade! Não estão sozinhas, há pessoas que estão sempre dispostas a ajudar, só que é necessário a pessoa ter a coragem de ir e pedir, não ter medo, agarrar no seu livre arbitrio e desejar querer melhor

Apesar de estas campanhas ajudarem imenso a alertar as pessoas, ainda há muitas lacunas na justiça e na ajuda. Ainda há um certo preconceito, as pessoas têm medo de falar e ser-lhes apontado o dedo. É um problema real, com consequências graves para a vitima e precisa de ser ajudada, não de vir a ter, ainda mais medo porque a sociedade ainda não cresceu suficiente. 

Com isto, venho contar a minha experiência, porque depois de ter feito esta campanha, sinto que opiniões e histórias são importantes para ajudar o próximo. Pessoas à minha volta já foram vitímas de violência no namoro.

Há uns anos uma amiga minha, tinha um namorado que era controlador. Isto passou-se ainda no secundário, ele controlava as mensagens dela e era um pouco bruto e quando isto começou a acontecer, ele tentou dizer que não era por mal, que era só porque gostava imenso dela e queria saber quem eram os amigos. Porém quando ela pediu para lhe ver o telemóvel, as coisas começaram a ficar feias. Ele só lhe entregava um tempo depois, ou seja, quando ela pedia ele dizia que já dava e estava só a responder a umas mensagens. Ela já andava a desconfiar do comportamento dele, primeiro ser controlador em relação à ela, e depois quando era o contrário, ou arranjava desculpas para ter que ir a outro lado e desaparecer de repente ou que estava a fazer algo e já lhe entregava o telemóvel. Houve um dia que ela conseguiu pegar-lhe no telemóvel sem ele ter tempo de fazer alguma coisa, nesse momento ele começa a ser agressivo que quer o telemóvel de volta, ela por instinto foge dele. Ela descobriu que ele falava com outras raparigas, ele veio com desculpas, que gostava imenso dela e que as atitudes eram por medo e que não sabia porque falava com outras daquela maneira quando a tinha a ela como namorada. Ela aceitou desculpas, deu-lhe mais uma oportunidade para ele demonstrar o que não era. Porém, o namoro só melhorou uns dias, ele continuou com aquele comportamento, ela sempre que o confortava, ele tornava-se mais agressivo que chegou ao ponto de lhe bater. Ela acabou tudo, ele não aceitou e continuou a persegui-la, continuou a bater-lhe. Esta situação já se passou há alguns anos, por isso já não me lembro bem como acabou, mas acho que ela falou com os pais e nesse momento ele recuou e deixou-a completamente em paz.

Outra situação é mais recente, não posso dizer que seja especificamente violência psicológica, mas depois de ter tido formação, considero que seja, sendo infelizmente o caso mais complicado e que mais ocorre na sociedade.

Uma amiga com quem falava regularmente, acabava por vir desabafar comigo da sua relação com o namorado. Ela vivia para ele, tinha muitos poucos amigos e gostava imenso dele, apesar de em muitas situações não se sentir feliz, que era suposto ela merecer aquele tratamento. Apesar disso havia altura em que se sentia feliz ao lado dele, tentava explicar-lhe o que sentia nas alturas menos más e ele dizia que entendia e que iria mudar a sua atitude. Isso acontecia, mas era durante pouco tempo e as coisas acabavam por voltar ao mesmo. Eu ouvia, dava a minha opinião apenas porque compreendia o lado e só a queria ver bem. Houve alturas que se calhar era um pouco direta demais, mas é só porque eu conseguia sentir a dor nas palavras dela e logo a seguir dar desculpas que não podem ser dadas quando uma pessoa não faz muito para mudar. Houve um dia que ela me disse que tinha acabado com ele há umas semanas, eu fiquei aliviada porque ela precisava de se reencontrar com ela mesma. Disse-lhe para aproveitar para ir se divertir, o que é perfeitamente natural. Porém isto saiu-me completamente ao contrário, porque por alguma razão ela deve ter interpretado que estava a dizer-lhe que ela tinha que ir sair, conhecer novas pessoas e ir comê-las ou ter relações com elas. Por favor, eu não penso assim, aliás nem sou desse tipo que pessoa! Apenas lhe disse aquilo, por experiência própria, que uma pessoa estar livre para se ir divertir com os amigos, descobrir quem ela própria é, através de atividades que fica "limitada" quando se têm outra pessoa é óptimo para olhar para o passado e presente com outra maturidade. Continuando a história, no dia seguinte recebo uma mensagem do suposto ex-namorado pelo número dela. Resumidamente ele vêm tentar se impôr comigo, a dizer que ela não pode ter mais amigos, para além de ele como amigo, que ela não pode conhecer pessoas novas, que ela não é livre! Esta última continua sem me sair da cabeça, porque tudo foram palavras dele, uma pessoa dizer que a outra não é livre é violência. Não venham com desculpas, mesmo que estive num momento de tentar ser agressivo comigo, a boca fugiu-lhe para a verdade de quem ele é. Ele tentou fazer um jogo comigo, de que eu é que era a má da fita por lhe pôr ideias, que eles entenderam bastante errado, na cabeça dela. Que ele estava a tentar remedar a situação, que ia ser melhor. Só que ele ao mandar-me mensagem, só mostrou o contrário, que continua a controlá-la, que ela nunca irá ser livre, que ela nunca irá ser capaz de ter os seus próprios amigos e que terá que viver sobre as asas dele. Eu fui uma ameaça por apenas lhe dizer algo banal, só que a fez pensar, provavelmente alguns comportamentos, pensamentos mudaram e ele começou a notar e não gostou porque ia contra o que ele queria que ela fosse. Deixei o pó acalmar e no dia seguinte mandei-lhe mensagem a dizer a minha opinião, bastante direta. O que ele disse não é de uma pessoa que não seja controladora, ninguém têm esse poder de dizer que não tem livre arbritrio sobre a outra, que apesar de parecer que ela não têm ninguém ao seu lado, as pessoas continuam lá só estão à espera que sejam tomadas atitudes, e que esta tudo nas mãos dela. Isto porque já foram dados muitos avisos e há situações em que não se pode fazer mais nada, a não ser esperar. Esperar que a pessoa tome uma atitude, sem medo, com coragem. Infeliizmente isso nem sempre pode vir a acontecer e as relações podem escalar para outro tipo de violência.

A mensagem que quero deixar com esta partilha de histórias, sendo uma pessa de fora é que eu compreendo o lado das vítimas, não é fácil virar as costas aquela pessoa que amamos e que está sempre lá. Mas também existem limites e quando isso interfere com a nossa felicidade interior e não nos deixa ser quem somos ou queremos ser, por mais doloroso que seja é necessário por um ponto final

Relações não são fáceis, não são aqueles contos de fadas que se acredita quando se é criança. É preciso haver diálogo e respeito mútuo.

Time Flys Away ☽ ☾

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biiyue
uso as palavras e imagens para me expressar. a jornada de desenvolvimento e cura pessoal é a luta e motivação para descobrir do que mais sou capaz.
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