Amor é uma palavra pequena, mas que é tão poderosa. Ao longo dos anos a perceção sobre o que é "realmente" vai mudando. 

Quando somos pequenos enche o coração ser o amor dos nossos pais. Vamos fazendo amigos e queremos espalhar esse amor com brincadeiras. Começamos a ficar mais conscientes e queremos receber amor, é avassalador, intenso, intimidante. Crescemos e descobre-se que dar amor (a nós e aos outros) também traz boas sensações. Evoluímos, passamos a valorizar e a dar um novo significado aos momentos de amor.

atração passa a valorização, que passa a apreciação, que passa a paixão, que passa a reciprocidade. Na sua base esta a confiança, comunicação, respeito.

negação transforma-se em dor, que passa a raiva, que leva à depressão e acaba em resiliência. Aprende-se com os erros e cresce-se com as lições. 

Este amor pode ser ensinado de uma maneira positiva ou negativa, irá impactar as nossas ações e reações. Este amor pode ser real ou platónico. Este amor pode ser por pessoas conhecidas ou desconhecidas. Este amor pode ser por animais. Este amor pode ser por nós próprios. Este amor pode ser encontrado nas pequenas ou grandes coisas.

Este amor é uma forma de expressão.

Cristalina. Ao seu próprio ritmo. Fluída. Leve. Molhada. Capaz de silenciar. Razoes pelas quais ela se sentia tão atraída pela água.

Adorava nadar em águas calmas, especialmente durante o dia para apreciar a forma como a luz se transformava ao ritmo da água e transmitia um paz tão profunda. Ficava num casulo, envolvida naquele ambiente molhado e sereno, escutando os sons abafados do exterior, a ver e sentir os raios de luz enquanto mergulhava naquele ambiente, as formas e sombras que desenhava no seu corpo. Era ali que se sentia enorme e pequena ao mesmo tempo, em sintonia com o cosmos e consigo mesma. Esperava um dia conseguir banhar-se à luz da lua, sentir a energia da noite.

Podia passar horas a olhar para o oceano, sentir aquela energia poderosa e livre da natureza. Salitro no corpo, pulmões envolvidos em ar puro, os sons que se completavam. Mas por alguma razão não se sentia segura a nadar no mar selvagem, sem barreiras, sem regras. Preferia observar. Podia entrar mar adentro, mas só na sua calmaria.

O que sentia quando estava envolvida num ambiente que tivesse alguma fonte água, é indescritível, apenas sentia e existia.

Desafio da Mel e da Mula

A carta é uma enorme ferramenta de expressão. Quantas cartas já foram escritas e não foram enviadas. Quantas já foram escritas e queimadas para ajudar a libertar. Quantas já tiveram a intenção de ser escritas. Quantas já foram realmente escritas e enviadas. 

Seja com papel e caneta ou em versão online. Escreve para ti ou para os outros. Para o passado, presente ou futuro. Liberta esses pensamentos e emoções que estão dentro de ti. Entregue ou não entregue, a intenção esta instalada.

Deixa-te levar pelas palavras, explora esse universo infinito dentro de ti, começa com uma palavra ou pergunta, e deixa-te viver esse turbilhão. No fim faz o que o teu instinto disser, guarda, entrega, rasga, queima, deixa esquecida a um canto. Junta o desenho, se assim também fizer sentido.

Não reprimas, transporta-te para um outro mundo. Sente e vive, sente e deixa fluir.

Sempre à nossa espera.

Ainda quente de manhã, vê-nos a levantar e a ir embora. Fica durante o dia sozinha, a fazer-se sabe-se lá o que. Chegamos à casa e esta à nossa espera, pronta para nos receber. A tentação é grande, mas ainda existem coisas a se fazer.À noite esta pronta para voltar a aconchegar-se em nós. E caí-se naquele conforto de estar de volta à casa, um espaço seguro, de ser hora do merecido descanso.

Almofada ou gato, ambos se encaixam na descrição. Semelhanças é pura coincidência.

Um dia de verão nos anos 2000. Os dias eram abafados, só ao final do dia começava a levantar uma brisa que atenuava a temperatura que se instalava. Com uns shorts, um top e como sempre com os chinelos perdidos ou roubados pelo cão. Ignora a busca deles e desce a correr as escadas de mármore a escaldar. No pátio fica a brincar com o cão, a correr em voltas, cima e abaixo. A mãe desce para ir regar o jardim, ela vai buscar a corda e arco para continuar a brincar. Ate que se cansa e no momento que estava a respirar para recuperar, sopra uma brisa morna de vento mais forte, que a faz estagnar e parar no tempo. 

Um ser a respirar, a sentir o vento contra o seu pequeno corpo, a absorver a energia do final de um dia de verão, a sentir-se protegida por algo que ainda não conseguia entender.

"O que estas a fazer ai parada?", pergunta-lhe a mãe. Ela acorda para a realidade e não responde, porque por uns momentos sentiu-se em total harmonia, livre e guiada.

Desafio da Mula e da Mel

Tudo começou com uma drusa de amestista e desde então que ainda não parei... Vicio que fica entranhado, mas há toda uma energia que os cristais emanam.  , porque faz-me lembrar dos anos da natação, como a agua calma e quente abraçava o meu corpo. Um dia na Natura, na parte da bijuteria os meus olhos cruzam-se com aquele colar de lápis azuli. Pensei se deveria ou não comprar, mas como sempre estava a chamar e tive que o trazer comigo. Um cristal indicado para o chakra da garganta e terceiro olho, para o signo virgem. E sendo eu uma virgiana que esta constantemente a enterrar emoções, crises de ansiedade , cabeça no ar e com uma dificuldade em fazer-se ouvir, ajuda e e indicado. Acredito na energia que os cristais guardam, mas como em tudo parte de nos.

Desafio da Mula e da Mel

Saudade e despedida andam de mãos dadas este ano. Algo que é inexplicável, algo que se sente e se lida da maneira que se consegue, algo que é diferente para cada ser humano. 

A saudade deixa um espaço vazio, uma nostalgia que se tenta disfarçar, um buraco que se tenta preencher. Dói, causa momentos de desespero, de solidão, de chorar, de ficar a olhar para as paredes e a pensar sobre a vida. Poderia dizer que é suportavel, o que acontece é que aprendesse a viver e a contornar.

Desafio da Mula e da Mel

Porque nunca é tarde para começar. Porque adoro desafios de escrita. Porque esta comunidade é unida. Com tanta mudança e tendo estado um pouco desaparecida... Vou participar no desafio da Mula e da Mel, começando pelo inicio.

Quando o sol amarelo brilhante começava a perder a baixar no horizonte, ela pegava nas suas coisas e ia até a praia. Um livro, uma toalha, era apenas o que ela precisava. Escolhia um lugar mais isolado e ficava durante horas no seu mundo, no do livro, no ambiente ao seu redor a apreciar a beleza do final do dia.