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because your smile make me live ♥

forceful, trust, connected & discovering the wonders of the universe ✨

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08
Jan25

Toda a Gente Nesta Sala um Dia Há de Morrer

alma de bii yue

"Everyone in This Room Will Someday Be Dead", de Emily Austin, é uma obra que combina humor negro, vulnerabilidade e reflexões existenciais numa história profundamente humana. É um livro que com o título já prepara o leitor para uma jornada que aborda os medos universais da mortalidade e do sentido da vida, enquanto nos apresenta uma protagonista que é ao mesmo tempo, cativante e extremamente real.

Gilda, a protagonista, é uma jovem queer de vinte e poucos anos que luta contra a ansiedade, a depressão e um constante sentimento de inadequação no mundo. Quando um panfleto de uma igreja promete "respostas" e "paz", ela acaba, meio por acaso, a candidatar-se a um emprego como rececionista na paróquia, que apesar de ser ateia e de se sentir desconfortável no ambiente religioso. Para complicar as coisas, Gilda assume o papel da antiga rececionista falecida, e a sua vida começa a entrelaçar-se com segredos do passado daquela mulher, enquanto tenta manter desesperadamente a fachada.

A escrita de Emily Austin é direta, irreverente e cheia de observações mordazes sobre as complexidades da vida moderna. Acho que esse ponto foi o que me fez ficar rendida e sentir tanta emoção e profundidade. Especialmente por Gilda ser uma personagem desarmantemente honesta, com pensamentos muitas vezes caóticos que ecoam o que sentimos, mas raramente temos coragem de dizer em voz alta. A pergunta que realmente ponderou durante toda a leitura foi o que significa verdadeiramente viver.

Apesar do tema da morte, envolvido nos ataques de ansiedade/pânico, o humor dá uma leveza disfarçada, que leva a reflexões mais pesadas. E nas situações que parecem saídas de um filme, em que o riso aparece pelo sarcasmo, também vem envolvido com uma sensação de desconforto. Por trás do humor está a dor genuína de alguém que tenta desesperadamente encontrar o seu lugar no mundo.

O que me cativou, foi a abordagem à saúde mental, de uma forma honesta e como a sociedade aborda as situações. O retrato da ansiedade é feito com uma autenticidade que ressoa profundamente, sem cair em clichés ou simplificações. A protagonista é confusa, assustada e muitas vezes incapaz de tomar decisões racionais, tornando-a humana e fácil de conectarmos. Em alguns momentos, as ações de Gilda podem ser frustrantes, mas isso também é um reflexo realista de alguém que está a lutar contra as suas próprias emoções e demónios.

É daqueles livros que podem parecer que irão ser simples, mas acabam a levar a uma introspetiva, ressoar com algumas das emoções. No final, é um retrato autêntico da saúde mental. Não é uma história de "soluções" ou finais felizes convencionais, mas leva a pensar sobre a vulnerabilidade do ser humano e da humanidade

Um lembrete de que, mesmo na escuridão, há momentos de beleza, humor e conexão. Uma celebração da imperfeição e uma lembrança gentil de que, embora a mortalidade seja inevitável, ainda há espaço para encontrar conexão, alegria e significado no tempo que temos.

05
Dez24

"Entrevista com um Sadista"

alma de bii yue

Entrei no buraco que é o booktok, não há retorno! Ainda a descobrir porque águas ando a navegar e quais são realmente os meus géneros, apesar de ter os meus palpites de quais sejam. E também em busca de conteúdo para melhorar as minhas histórias (complexos de autor).

image

"Interview with a Sadist"

Resumo (Sem Spoilers!)

É uma narrativa intensa que explora os limites emocionais e físicos numa dinâmica BDSM. A história segue uma protagonista que por razões profissionais vê-se envolvida com um homem que se identifica como sadista, e a história desenvolve-se gira em torno de uma série de entrevistas, onde o lado psicológico e emocional da suas práticas é desafiado e explorado. Nessa série de encontros, a protagonista é confrontada não apenas com a realidade do que significa e é realmente o mundo do BDSM, mas também com os próprios limites, preconceitos e curiosidades. O enredo aborda questões de poder, consentimento, dualidade de desejos, e a complexidade das relações humanas quando o prazer se mistura com a dor.

 

É daqueles livros que diria leitura obrigatória para mentes curiosas sobre o mundo de BDSM, no entanto, a abordagem é com uma relação D/S, com papéis definidos. Uma abordagem crua e sombria, tal como o contraste e nuances entre a dor e prazer. Não é uma obra para todos, sendo que oferece uma visão explicita sobre os aspetos mais profundos dos desejos mais profundos da psique humana, e traz o questionamento sobre as normas sociais e explorar os desejos carnais.

O que me faz levar a dizer que a sociedade deveria ler este livro, não é por retratar um pouco do que é mundo kinky, mas especialmente por descrever perfeitamente a barreira que existe na mente humana colocada pela sociedade. Julgar sem saber os fatos ou a realidade, porque o desconhecido e fora das normas sempre foi mostrado como errado. E também porque o leitor é colocado na posição da protagonista, obrigando a realmente refletir sobre os próprios limites e ideais. É fascinante e (talvez) desconfortável, mas, ao mesmo tempo, impossível e desviar o olhar porque é um mundo viciante, e se a curiosidade existir, algumas das respostas são encontradas.  

Oferece uma visão sobre a psicologia dos relacionamentos não convencionais. Captura a complexidade emocional do impacto de poder nas relações. Numa escrita vivida e direta, provoca emoções contraditórias, e é possível sentir a tensão palpável. Explora as motivações e limites pessoais, não só os que a sociedade colocou, mas também os pessoais, devido a isso. 

Não há romantização excessiva ou floreios desnecessários. É direto, simples, a preto e branco. Mas a que ter em atenção, que aborda apenas um nicho do que é o mundo kinky ou o BDSM, porque o ser humano é complexo, tal como os desejos, sendo um mundo vasto. Facilita colocar papéis para uma melhor compreensão. A realidade é uma zona cinzenta, onde existe fluidez, abertura, e não julgamento. 

A exploração psicológica do livro é essencial. O sadista não é apenas um estereótipo, mas sim um personagem complexo, com motivações e filosofias que, por mais desconfortáveis que possam ser, acabam por despertar empatia em certos momentos. Ele explica as suas práticas, os limites que respeita e, acima de tudo, como o consentimento é o mais importante de qualquer dinâmica. Esta perspetiva desmistifica muitos preconceitos associados ao tema, afastando o sadismo de violência e trazendo à luz da verdade de uma prática consentida, e como trazer liberdade e prazer através da dor.

Em alguns momentos, a intensidade dos diálogos e descrições pode tornar-se esmagadora, testando os limites das personagens e em consequência do autor, pela leitura ser tão envolvente. No entanto, a história, é também uma reflexão sobre controle, vulnerabilidade e o que significa realmente entregar a alguém. O leitor pode sentir-se tão vulnerável quanto a protagonista, especialmente nas questões de consentimento, poder, e desejos que são exploradas em profundidade. 

Recomendo a 100% este livro a leitores que já tenham interesse em literatura erótica ou psicológica e que estejam dispostos a explorar um tema profundo com mente aberta, sem julgamentos. Pode oferecer uma leitura fascinante e memorável. Uma reflexão sobre os lados mais profundos e ocultos da natureza humana, questionando os limites entre dor e prazer, controle e entrega. É um livro que provoca, desafia e deixa marcas, exatamente como a sua premissa promete.

17
Set21

vamos falar dos últimos tempos

alma de bii yue

Vamos aqui falar cara à cara, com mistura de tudo ao molho e respirar para não pirar

Começando ter ido parar ao hospital, há umas boas e boas semanas atrás, por ter apanhado uma gastroenterite que acordei e ainda hoje não sei como tive energia para descer as escadas todas da casa, ter-me enfiado num tram e ainda ter caminho uns bons 5 minutos para chegar ao hospital. Coisa engraçada, eram 7:30h da manhã, só tinha uma pessoa à frente e também era português. Só tenho coisas a louvar do atendimento em bruxelas, por só falar em inglês passaram-me para a equipa jovem, a preocupação das enfermeiras, ter um quarto só para mim, a quantidade de análises. Ao fim de umas quase 5 horas a olhar para o tecto, a sentir-me razoavelmente melhor (pelo menos mais hidratada), voltei a entrar no tram, subir a rua para ir ao hospital e o inferno de subir as escadas para o sótão. Assim que o meu corpo sentiu o conforto da cama descansou para a péssima noite e manhã. O dia seguinte ainda de cama, rodeada de água, chá, netflix e peluches para ajudar à solidão de se estar doente. Umas 2-3 semanas depois vem a 2º dose da vacina. Nem foi preciso chegar a 2 horas após para começar a fazer febre que ia desde um corpo a suar e a borbulhar e em segundos tornava-se num icebergue a derreter. O braço dorido nada era comparado as constantes subidas e descidas de temperatura durante um fim-de-semana inteiro

Estou grata por ter tomado a vacina, especialmente pela rapidez e efeitos secundários já era mais do que expectável para o pouco tempo de pesquisa. O que é frustrante é a desregulação hormonal que veio causar (quando estava a começar a equilibrar devido aos anos de pílula com acupuntura e ayurveda), o primeiro mês após nem chegou a 24 dias, o segundo mês passou os 34 dias, com tpm que só me relembrava os tempos de quando as hormonas artificiais da pílula brincavam com o corpo. E continua, o que causa revolta porque equilibrar o sistema hormonal é o que demora mais tempo e exige despesas para ajudar o corpo a ter uma ajuda a fazer o detox e acelerar todo o processo. 

Retorno de saturno aos 30 anos e a sua sombra que já cá anda a pairar desde inícios dos 26 anos. Não dá para fugir, é aguentar, suspirar e andar. Mas só tenho a dizer: *gritar interno*. Sabe-se bem a revolução que foi este ano, para além de ter sido o primeiro de um ciclo de 9 anos, a cada esquina havia uma surpresa. Apenas a começar. Retirar os pontos mais altos, já que enfrentar sombras é o prato do dia. Com treino, cobaias, ter tempo para concluir os pormenores que faltavam de cursos e pesquisas, apresentar-me ao oficialmente ao mundo, visto que era isso que faltava. Auto-promoção aqui! Agora é dar corda aos dedos e colocar por escrito, puxar pela imaginação e criar ainda mais conteúdo.

Mudanças, mudanças e mais mudanças. O meu lado que ama organização esta pleno, o problema é quando a ansiedade fala mais alto e quer dar um passo maior que a perna. E o que era a organização mental de tetris passa a remexer inúmeras vezes, ficar sentada no chão a olhar para o caos à volta e desesperar por uns minutos e voltar a repetir tudo outra vez. 

Ter o bom sol do nosso país, ir passar férias à mágica zambujeira do mar, aproveitar o tempo a sós e aprender a estar no sossego com o desassossego da mente, sair do conforto e ir porque o ritmo esta acelerada e tudo certo com os tempos. 

Sicronicidades! Quando dá aquele clique e wow, é sem palavras. Ver uma águia no céu a flutuar na sua liberdade. A liberdade de passar uma manhã a seguir a uma noite de tempestade na praia. O "silêncio" do oceano, o chamado da natureza e mergulhar nessa calma feroz, a luminosidade tímida e forte do sol entre nuvens a provocar a ilusão de um azul marinho claro do mar que se perde no castanho-bege da areia que é revestido por as conchas de diversos tamanhos, formas e cores.

Voltei a ler e o hábito esta a pegar e como sabe tão bem esta realização! Em menos de 1 hora li o livro "Terra Azul" da Célia. Uma história que agarra o leitor, porque a aventura esta sempre ali ao virar da esquina e com descrições que nos levam para aqueles ambientes serenos e de poder. Com um final que ensina a respeitar mas também a não desistir se é o que o nosso instinto diz. 

Time Flys Away ☽ ☾

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biiyue
uso as palavras e imagens para me expressar. a jornada de desenvolvimento e cura pessoal é a luta e motivação para descobrir do que mais sou capaz.
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