nova rotina, adaptação a uma vida a dois
Uma vida a dois implica uma nova rotina e uma adaptação de horários. Especialmente da minha parte, porque não estou a trabalhar mas acabo por acordar cedo com ele e tendo um sono bastante leve não consigo voltar a adormecer.
Antes de se começar a notar o dia a nascer mais cedo e ainda era inverno, acabava por ficar na ronha até serem as horas habituais de me levantar, arranjar e ir para a universidade. Voltar da universidade, fazer exercício, ser dona de casa, tentar trabalhar para algo que fosse preciso (universidade, projectos de voluntariado, blog) e não cair na procrastinação de ficar a ver televisão. Já passaram quase 4 meses e só há mês atrás quando os dias começaram a crescer comecei a sentir a necessidade de aproveitar aquele tempo entre acordar e iniciar o dia, porque já chego a casa cansada e parece que nada rende. Isto também começou porque a minha resistência é nula, apesar de fazer exercício mas não gosto de fazer cardio. Decidi que ia começar a fazer exercício logo assim que acorda-se em vez de ser quando chegasse a casa, como já o tinha feito no tempo que ele foi de eramus. As primeiras duas semanas foram mais complicadas, porque o sono e cansaço vão-se acumulando e a vontade de ficar na ronha é enorme. No entanto senti que a produtividade aumentou, tal como a disposição para o dia porque acabo por despertar o meu corpo mais cedo e sinto que aproveito bem esse tempo morto porque é menos uma "preocupação" quando chegar a casa. Agora com este tempo de inverno de volta, a vontade de ficar no quentinho é uma tentação e é preciso obrigar-me e apelar à força de vontade.
Até que gosto de me levantar cedo, ver o dia a nascer e realizar-me que em poucas horas já me consegui sentir produtiva e isso acaba por dar um boost para o resto do dia, também porque dá a sensação que as manhãs são maiores e as tardes um prolongamento, onde existe quase sempre tempo suficiente
Aos poucos estamos a habituar-nos as nossas manias e feitios, dar espaço um ao outro, conhecer as alturas e situações para aparvalhar ou ser sério. Há dias fáceis, em que existe sintonia, há outros que nem tanto, em que a paciência se esgota e mais vale ficar no nosso canto.