Renascer entre as dores
Desde que a jornada de emigrante começou que nenhuma "páscoa" foi passada em portugal, mas sempre na bélgica. Tradições e memórias que ficaram, dores que retornam, saudades que batem forte.
O significado desta época há muitos anos que seperdeu quando (ainda muito antes de imaginar os caminhos que aí vinham) já questionava a fé...para mim era a reunião das pessoas. A queima do judas no dia interior e gritar ao mundo o que está de errado na sociedade e pelo que a humanidade passa, e no dia nadar de casa em casa a conviver com o tradicional de português com comida na mesa. É isto que carrego bem junto ao meu coração.
E como as coincidências da pachamara são sublimes, o tema abordado esta semana no Gaya Circle foi ancestralidade, uma tema que tanta raízes têm como de infinitas curas para acontecer. Meditações e emoções fortes, com poderosas mensagens. A palavra que ficou foi renascimento.
E foi com essa palavra que acordei hoje. No significado que vêm de "Ostara é a deusa que traz o sol, o calor e a luz de volta ao mundo, após a escuridão e o frio do inverno.". Um contento que encheu o coração de emoção, mas este ano de felicidade e gratidão. (Estar a voltar a recuperar energia e a sentir-me um pouco mais eu mesma, ajuda). Como enche tanto o coração e faz brilhar a alma.
Um trigger com palavras tao simples, e o sol a começar a descender e a transfumação acontece, as lágrimas passam a carregar a dor da saudade, a frustração, a revolta. Fecho-me em mim, nas minhas dores e feridas, no peso das emoções. E abro a alma para escrever.
Renascimentos, redescobrimentos, reencontros.