Qual é o nome que posso dar a isto?
É já a depressão sazonal? São as consequências de toda a ansiedade por toda a mudança, contratempos num período de tempo tão curto? É o meu corpo a responder ao stress, a habituar-se a uma nova rotina, a uma nova saída da zona de conforto? São as minhas hormonas a vir confirmar-me que não estão estáveis? É mais um despertar e crescimento?
O que quer que seja, é um osso duro de roer! Não está a ser fácil. Sinto-me perdida, deslocada de mim mesma, sem saber quem é esta versão..., perante ter que ser adulta. Mudar em todos os níveis. Organizar uma casa do zero, ter o minímo de conforto mas existe sempre algo a faltar. Acordar cedo, algo que o meu corpo e mente estão a reclamar, e ter uma longa viagem à minha espera. Ainda estar a descobrir como usar esse tempo à meu favor e não dá-lo com perdido. Aprender, processar tanta informação, sair do conforto e relembrar conceitos perdidos nos anos de universidade. Estar longe e lidar com as saudades. Sinto falta da natureza, de ter aquele lugar que podia ir e sentir. Ver as pessoas a seguir com a vida e ser complicado gerir horários e distâncias. Traz emoções e memórias. Criar uma rotina, onde encaixar um tempo para estar comigo, lidar e processar. Lidar com uma nova fase de vida como casal.
Não estou sozinha e existe tanto comforto nessas palavras. Perante todas adversidades permitiu haver uma estabilidade que era tão complicado à distância. Sem dúvida que é difícil, uma cidade que não se conhece. Criar raízes, explorar, e não ficar perdidos no tempo que já passou.